"Há quem dá com liberalidade e obtém mais. Outros poupam demais e vivem na indigência. A alma generosa será cumulada de bens, e o que largamente dá, largamente receberá" (Pv 11,24-25).
Um mendigo caminhava por uma estrada. Estava já cansado e a tarde vinha chegando. Na sua sacola velha e empoeirada levava um pão duro, que o morador de um casebre lhe dera na manhã daquele dia.
De vez em quando o mendigo, cansado e sujo, olhava para a frente e para trás, para ver se apontava alguém naquela estrada deserta. Qual não foi sua alegria quando percebeu, ao longe, os sinais de uma carruagem. E sua alegria só aumentou à medida que essa carruagem se aproximava: era o príncipe daquele país, com sua comitiva. O coração do mendigo batia forte. Previa uma poderosa ajuda. Colocou-se à margem do caminho e estendeu a mão aberta:
- Dê-me um auxílio, por misericórdia!
Com grande espanto, porém, o príncipe parou a carruagem e, por sua vez, disse ao mendigo:
- Eu é que lhe peço um pedaço de pão!
E o pobre mendigo, sem entender nada do que estava acontecendo, enfiou a mão na sacola, quebrou um pedacinho daquele pão velho, e o deu ao príncipe. A carruagem desapareceu, e o mendigo continuou caminhando lentamente, chateado e com uma grande decepção. Ao chegar em casa, porém, teve uma surpresa agradável: encontrou na sacola um pedacinho de ouro, precisamente do tamanho do pedaço de pão que havia dado ao príncipe. Então exclamou com arrependimento:
- Porque não lhe dei todo o pão? Ele teria se transformado, talvez, numa grande porção de ouro!
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