domingo, 31 de janeiro de 2010

O Espírito de Dom Orione

5. CARIDADE! CARIDADE! CARIDADE!
b) (...) Caridade! Caridade! Caridade! Jesus, com teu divino amor, dá-nos um grande espírito de caridade para com as almas, especialmente para com os filhos dos pobres infelizes e abandonados. Tu sabes, ó Senhor: nós somos os teus pobres e nascemos para os pobres.

Depois de Deus, de Nossa Senhora e da Igreja, que mais, ó meus filhos, devemos nós amar a não serem os pobres? Não disse São Lourenço, o grande diácono da Igreja de Roma, que os pobres são os tesouros da Igreja de Cristo? Dá-nos, ó Senhor, aquela caridade doce e suave, que é força e miolo de todas as virtudes, aquela caridade que restaura os cansados, fortalece os enfraquecidos e torna suave o jugo da verdade. Faz que a Pequena Obra da Divina Providência seja como um altar, sobre o qual arda, como num incêndio, o fogo inextinguível da caridade; e a chama desse incêndio se levante até a Ti, ó Senhor, e ilumine e aqueça a todos nós: tire de nós toda tibieza, tire toda frieza, aumente em nós a divina força da graça, revigore o espírito, reanime e faça prosperar todas as Casas da Congregação: faça de nós todos um só coração e uma só alma, de modo que toda a Pequena Obra seja invadida pela grande suavidade, e goze de uma concórdia e paz sempre maiores. “Omnia in charitate fiant, (tudo aconteça na caridade)”!
Caridade! Caridade! Caridade! Nada há de mais caro a Jesus Cristo, nada de mais precioso do que a caridade fraterna; de modo que nosso dever, ó meus caros, é tomar todo o cuidado para conservá-la e fazê-la crescer em nós e na Congregação, de tal forma que sejamos em Cristo, um por todos e todos por um; é unicamente esse espírito de caridade que edifica e unifica em Cristo. A tal ponto que deveremos abandonar toda questão, inclusive se feita por amor da verdade e por zelo da glória de Deus, se tal discussão pudesse talvez, por pouco que fosse, indispor nosso coração e enfraquecer o espírito de caridade. A caridade, diz São Paulo, é paciente e benigna, é suave e doce, forte e constante, é iluminada e prudente, é humilde e fervorosa, incansável, pronta a se renegar a si mesma. Faz-se toda para todos: não procura o que é seu, é serena, não é ambiciosa, não é invejosa, goza com bem dos outros, tanto dos amigos, como até dos que nos sejam contrários; e apenas for possível, com um manto de amor cobre e esconde as faltas alheias. Interpreta as ações e as palavras no modo mais favorável: exclui todo egoísmo, coloca a sua felicidade em fazer o bem. A caridade de Cristo é universal e abraça o céu e a terra. É corajosa até a audácia, mas delicadíssima e todo-poderosa e triunfa sobre todas as coisas. A caridade é simples e límpida, jamais se turva; não se incha de orgulho, não busca o seu interesse, não se irrita jamais por ser posta sob os pés de todos, mas sobe até o coração e entra nos corações de todos. A caridade não tem o olho mau, não tem espírito de discussão, não conhece os “mas”, nem os “se”; não tem espírito de contradição, de censura, de crítica, de murmuração; toda essa coisa a caridade nem sabe o que seja. A caridade tem sempre o rosto sereno, como sereno é o seu espírito; è tranquila e, quando fala, não levanta jamais a voz.

A caridade jamais é ociosa, mas é alegre e operosíssima e trabalha silenciosamente. Tem uma prerrogativa única e toda sua: está sempre alegre e contente com tudo, até com as pauladas e as injúrias e calúnias mais humilhantes; no bastão pesado e nodoso, de que falou São Francisco, nos desprezos e nos rebaixamentos mais indignos, a caridade encontra a sua perfeita alegria .

A caridade não desanima nas dificuldades, pois confia em Deus: Deus é sua porção e o cálice da sua herança: com a confiança no Senhor, com a paciência e com o tempo a caridade sabe esperar os momentos e as horas de Deus e bons resultados em todos seus empreendimentos.

Curiosidade

18. Em 284 a.C. foi inaugurada a Biblioteca de Alexandria (norte do Egito) com 100 mil volumes. Também nesse ano aconteceu a invenção da catapulta como arma de guerra.

Domingo SÁBIO Domingo

Breve história da Medicina
500 d.C. - "Venha até aqui e coma esta raiz"
1000 d.C. - "Essa raiz é coisa de ateu, faça esta oração ao Deus que está nos céus"
1792 d.C. - "O Deus não está nos céus, quem reina é a razão. Venha aqui e beba esta poção"
1917 d.C. - "Essa poção é prá enganar o oprimido, sugiro que você tome este comprimido"
1960 d.C. - "Esse comprimido é antigo e exótico. Chegou o momento de tomar antibiótico"
2010 d.C. - "Antibiótico te deixa fraco e infeliz. Eis um novo tratamento com esta raiz"

sábado, 30 de janeiro de 2010

Sábado SÁBIO Sábado

"Olha devagar para cada coisa
Aceita o desafio de ver o que a multidão
não viu.
Em cascalhos disformes e estranhos
diamantes sobrevivem solitários."
(Pe. Fábio de Melo)


Parabéns aos confrades aniversariantes do início deste Fevereiro:
02 - Pe. Edgard de Jesus Florentino (N)
02 - Pe. Paulo José Damin (Delegação de Língua Inglesa)
05 - Pe. Olívio Rosso (S)
05 - Pe. Jadecir Rodrigues Coelho (S)
05 - Pe. Renato Luís Andreatto (S)
09 - Pe. Paulo Sérgio Correia (S)

O Espírito de Dom Orione



5. CariDADE! CariDADE! CariDADE!

a) (...) Venho para dar-vos uma boa palavra, que possa inflamar-vos sempre mais no amor a Deus e na caridade entre vós, e fortalecer-vos no serviço de Deus e das almas; venho para desejar-vos os melhores votos de toda alegria serena e santa, e para trazer-vos a bênção natalina, que é, este ano, a benção do irmão e pai que vem de longe, e que quer dar-vos a certeza de que pensa em vós, e vos traz no coração, que reza por vós todos, e que jamais se sentiu tão espiritualmente próximo de vós como nestes dias santos.

Estamos no Natal! Irmãos e filhos meus, e vós, boas Irmãs, purifiquemos nossas almas e preparemo-nos para o Santo Natal com especial fervor e espírito de oração, como fazia São José Cotolengo. Preparemos os caminhos do Senhor que vem: rebaixemos os montes do nosso orgulho, preenchamos os vales do nosso egoísmo, endireitemos as trilhas tortuosas da nossa vida religiosa, caso não esteja tão direita, pouco regular e pouco edificante.
(...) Um Deus, que nasce na pobreza e para viver na dor, nos ensina a amar a pobreza e as cruzes: pois que "vita boni religiosi crux est"... diz a Imitação di Cristo: a vida do bom religioso é cruz... Jesus nasceu como um pobre numa gruta despojada, aberta aos ventos, e, apenas nascido, já se encontrava banido da sociedade civil. Ele foi rejeitado e lançado fora, relegado a um abrigo do campo aberto: mais piedosos foram para Ele o boi e o burrinho! Mas o seu amor triunfou! O Natal nos faz sentir um pouco do infinito amor de Jesus, que quer ser amado em troca da sua bondade suprema e da sua delicadeza infinita, desde o seu nascimento. Quantas lições de humildade, de fé, de simplicidade, de pobreza, de obediência, de abandono à Divina Providência nos dá Jesus no presépio! Sobretudo, Jesus no presépio nos brada: "Caridade! Caridade! Caridade!". Vida de caridade: todo o Evangelho está aí, toda a vida e o coração de Jesus está aí: Caritas est! Da caridade Deus fez o fundamento da nossa santa Religião: ela é a mais nobre e a mais excelente de todas as virtudes: é o princípio e a fonte de todos os nossos méritos. A caridade, infundida em nossos corações pelo Espírito Santo, é a virtude pela qual nós amamos a Deus por Si mesmo e o próximo por amor de Deus.

Essa è nota distintiva dos discípulos de Jesus Cristo, é o preceito máximo e próprio de Cristo. E o Natal nos manifesta "a grande caridade de Deus para conosco, que mandou o seu Unigênito ao mundo, a fim de que nós vivamos por meio dele" (cfr. 1Jo 4,9).

Pois bem, ó meus Caríssimos filhos, sigamos o caminho da caridade, e estaremos seguindo a Jesus; vivamos dos seus Mandamentos, sigamo-lo bem de perto na via prática dos seus Conselhos evangélicos, e caminhemos no amor de Deus e do próximo, decididamente, imitando Cristo,que por primeiro nos amou, e tanto nos amou, até o ponto de morrer para nos dar a vida. Caridade! Caridade! Caridade! Isto somente busquemos, ó meus filhos, porque só pela caridade chegaremos à santidade, que é a vontade do Senhor: "Haec est voluntas Dei, santificatio vestra, (Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação)". Sim, nós te amaremos, ó Senhor, Deus do amor, nossa fortaleza e nosso refúgio, coração do nosso coração, anseio único da nossa vida! Guarda-nos, ó Senhor, para que as muitas amarguras e desenganos, as muitas águas não acabem por extinguir em nós o fogo da tua caridade. Ó Jesus, Tu és o nosso Deus, o nosso Salvador, a nossa misericórdia, Tu és a caridade.

"Quem nos separará, ó meus filhos, da caridade de Cristo? Talvez a tribulação? Talvez a angústia? Talvez a fome? Talvez a perseguição? Talvez a espada?" Não, pela força de Cristo, que tanto nos amou, e só pela sua divina graça, não: nem a morte com as suas angustias, nem a vida com os seus encantos, nem a altura das honras, nem a profundidade das dores, das amarguras, das trevas poderão jamais nos separar da caridade de Cristo e da Sua Igreja, Mãe dulcíssima de nossas almas, Mestra infalível da nossa fé. Filhinhos meus e irmãos, eis o Santo Menino que vem, eis Jesus Menino no berço de palha, por nosso amor! Que nos diz Ele? Caridade! Caridade! Caridade! Alarguemos o nosso coração para dar lugar aos afetos mais puros e ternos e ajoelhemo-nos em adoração aos pés de Jesus; inflame ele de seu amor a nossa vida, porque seu amor é suave e divino, é vida, e o fruto da sua caridade é a paz, ou dizendo melhor ainda, é a beleza da paz: in pulchritudine pacis!

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Curiosidade

17. Em 336 a.C., na Macedônia, inicia-se o reinado de Alexandre, o Grande, que se torna senhor do império persa. Em 323 a.C., morre Alexandre e seu império se desintegra.

O corcel negro
O pequeno Alexandre gostava de desafios. E dos grandes. Aos 9 anos de idade, acompanhou o pai, Felipe II, a uma feira de cavalos. O monarca da Macedônia passava diante dos animais olhando-os com a cobiça que os homens hoje reservam aos carros possantes. Já tinha separado algumas Ferrari e Mercedes quando um corcel negro lhe foi oferecido. Ele era lindo, uma montanha de ossos e músculos imponente, a montaria de um rei. Felipe o queria e seus assessores se apressaram em adquiri-lo, mas depararam com um problema: ninguém conseguia montá-lo. Estavam para desistir da compra quando o jovem Alexandre disse que aquilo não era motivo para dispensar o animal. Felipe então desafiou o filho a domá-lo. O menino sabia montar, mas sabia também que para enfrentar um animal daquele tamanho não bastariam força e habilidade, era preciso estratégia. Com habilidade incomum, Alexandre puxou a cabeça do cavalo em direção ao sol. A cegueira momentânea confundiu o animal e deu tempo para que ele pudesse dominá-lo. Emocionado, papai Felipe não se conteve:
- Garoto, você precisa encontrar um reino grande o suficiente para suas ambições. A Macedônia é muito pequena para você.
O próprio Alexandre gostava de contar essa história, segundo relata o historiador grego Calístenes, que viveu de 346 a 289 a.C. e acompanhou muitas das expedições militares do rei.

Profissão Perpétua de: Irmã Maria Lenalda

Nós, Pequenas Irmãs Missionárias da Caridade

(São Luís Orione)

Convidamos você e sua família para participarem conosco

da Missa de Profissão Perpétua de: Irmã Maria Lenalda dos Santos Silva
Que será realizada no dia 02 de fevereiro de 2010
Às 19:00 horas- Celebrante: Pe. Marcelo Monge

Na Paróquia São João Batista do Brás
Avenida Celso Garcia na altura do nº 600 Brás - SP -

Tel: (11) 2692 1164

O Espírito de Dom Orione



4. O amor para com Deus
d) Com que meios chegar a esse amor

É hora de entendermos: nosso amor a Deus tornou-se possível pela a Encarnação, assim, pois, quando falamos do amor de Deus, falamos do amor de Jesus, nosso Deus, o Deus conosco, o Emanuel. Como então podemos alcançar um amor fervoroso por Jesus?

1. Conhecê-lo: nada se pode amar se antes não se conhece. Por isso leiamos sempre o Evangelho, para conhecer a vida, os gestos, as palavras, os sentimentos de Jesus. Vamos continuamente aos mistérios da sua vida para fixar neles o nosso olhar meditativo, recordemos suas ações, vivenciemos sua doutrina, reproduzamos seus exemplos.

2. Escutá-lo: ouçamos os ensinamentos contidos na sua Palavra, no Evangelho e os ensinamentos que o Espírito fará ressoar continuamente em nosso coração.

3. Cultivar as virtudes, especialmente aquelas que lhe são particularmente caras; a pureza do coração; o santo temor de Deus; na verdade, o temor é o guarda do amor. O temor do Senhor é o meio para chegar a amá-lo.

4. Pedir: supliquemos ao Espírito, que foi difundido em nossos corações. Espírito e caridade (infusa) são a mesma coisa, por isso Paulo pode dizer: "A caridade de Deus foi difundida em nossos corações por meio do Espírito Santo" (Rom 5,5). É o Espírito Santo a caridade substancial. A Ele imploremos aquela caridade que nos faz arder do amor por Deus e pelos irmãos.

5. Frequentar os sacramentos, especialmente a Eucaristia. Os sacramentos são o lugar de nosso encontro com Deus, com Cristo. Neles o encontramos, o tocamos, deles recebemos a salvação. Amemos, pois, aquele que nos amou e nos ama infinitamente.

(Este texto é reconstrução de vários trechos de Dom Orione, em particular, Scritti 55, 311 ss).

Novo Conselheiro da Província Sul


Com a renúncia, por motivos pessoais do Conselheiro Pe. Renaldo Amauri Lopes, foi escolhido pela Direção geral para ocupar o seu lugar, o Pe. Rodinei Carlos Thomazella (na foto ele é o terceiro sentado, da esquerda para a direita). O novo conselheiro é Diretor em Quatro Barras, PR.

Sexta SÁBIA Sexta

O Deus do soldado
Um jovem cumpria o seu dever prestando serviço ao exército e era ridicularizado por ser cristão.
Um dia, o seu superior a fim de querer humilhá-lo na frente do pelotão lhe pregou uma peça.
- Soldado Coelho, venha até aqui!
- Pois não Senhor.
- Segure essa chave. Agora vá até aquele jipe e o estacione ali na frente.
- Mas senhor, o senhor sabe perfeitamente que eu não sei dirigir.
- Soldado Coelho, eu não lhe perguntei nada. Vá até o jipe e faça o que eu lhe ordenei.
- Mas senhor, eu não sei dirigir!
- Então peça ajuda ao seu Deus. Mostre-nos que Ele existe.
O soldado não temendo, pegou a chave das mãos do seu superior e foi até o veículo.
Entrou, sentou-se no banco do motorista e imediatamente começou sua oração.
"Senhor, tu sabes que eu não sei dirigir. Guie as minhas mãos e mostre a essas pessoas a sua fidelidade. Eu confio em Ti e sei que podes me ajudar. Amém”.
O soldado manobrou o veículo e estacionou perfeitamente como queria o seu superior.
Ao sair do veículo, viu todo o pelotão chorando e alguns de joelhos.
- O que houve gente? - perguntou o soldado.
- Nós queremos o teu Deus, Coelho. Como fazemos para tê-lo? - respondeu o superior.
- Basta aceitá-lo como seu Senhor e Salvador. Mas porquê todos decidiram aceitar o meu Deus?
O superior pegou o soldado pela gola da camisa, caminhou com ele até o jipe enxugando suas lágrimas. Chegando lá, levantou o capô do veículo e o mesmo não tinha nem motor!
DEUS CUIDA DOS SEUS E NÃO PERMITE QUE NINGUÉM NOS HUMILHE.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A voz/vez dos Leigos

Vale também citar o livro "Dois pulmões e um só coração " do GEO, é o caderno V, mas, muito bom para enriquecermos, refletirmos nossa caminhada (...prática incondicional do bem....).
Acho importante, citar os anteriores, acho que estes sairam antes do "blog"...
Como é bom acompanhar o blog, é informativo e formativo....
Estou lendo o livro Sementes de esperança, de Jung Mo Sung.
Este livro que nos faz refletir a crise do mundo e do cristianismo, ajuda a ver certas atitudes com novo olhar.
"Experimentar Deus na nossa vida não significa superarmos a nossa condição humana, sairmos do mundo humano em direção do celestial, mas, pelo contrário, é a experiencia que nos possibilita encontrarmos conosco, na nudez do nosso ser. "Jung Mo Sung
Fico feliz em saber que gostou do dvd*, o pe Rento Scano me ligou feliz, mandei para ele também( nunca ficou tanto tempo no telefone), e ontem dei um ao pe Nascimento...
Paz
abraços
Mary Morais - Florianópolis

*trata-se de dois documentários produzidos na década de 80, em breve estarão disponíveis no ORIOMUNDI.

Quinta SÁBIA Quinta

O cão mais forte
O velho sábio dizia a seu discípulo que ao longo de sua vida descobriu ter dentro de si dois cães: um bavo e violento, e o outro manso, muito dócil.
Diante daquela pequena história o aluno resolveu perguntar:
- E qual é o mais forte?
O sábio respondeu:
- O que eu alimentar.

O Espírito de Dom Orione


4. O amor para com Deus

c) Amemos a quem tanto nos ama

Quantos nobres, quantos príncipes deixaram seus pais, suas riquezas, a pátria e até reinos para se recolher num claustro! Quantos mártires sacrificaram por Deus sua própria vida! Quantas Virgens e jovens da nobreza renunciaram às propostas de núpcias de homens poderosos e grandes e preferiram a morte!

Santo Inácio de Antioquia estava tão ávido para ir ao encontro do martírio que, tendo sabido que alguns amigos cristãos estavam se empenhando por salvar-lhe a vida, suplicava que não lhe fizessem essa grande crueldade. Escreveu-lhes: "Dirijo-me a todas as igrejas, e a todos anuncio que morrerei por Deus com muita alegria, se não me impedirdes. Eu vos esconjuro, não demonstreis para comigo uma benevolência inoportuna. Deixai que eu me torne pasto das feras, por meio delas me será dada a graça de chegar a Deus. Sou o trigo de Deus, e serei moído pelos dentes das feras para me tornar pão puro para Cristo. Suplicai a Cristo por mim, para que por obra dessas feras eu me torne hóstia para o Senhor. De nada me podem valer os gozos do mundo e os remos da terra. Para mim é melhor morrer por Jesus Cristo do que conquistar o império da terra inteira. Busco Aquele que morreu por nós, quero aquele que por nós ressuscitou. Está perto o momento do meu nascimento. Tende compaixão de mim, ó irmãos. Não queirais impedir que eu viva, não queirais que eu morra. Não atireis para os braços do mundo e para as seduções da matéria alguém que suspira por ser de Deus. Deixai que eu alcance a pura luz; lá chegando, serei verdadeiramente homem. Deixai que eu imite a paixão do meu Deus. Se alguém tiver Deus dentro de si, compreenderá o que eu desejo e terá compaixão de mim percebendo a angústia que me oprime. O Príncipe deste mundo quer carregar-me consigo e sufocar a minha aspiração para Deus. Ninguém de vós colabore com ele; ficai pelo contrário a meu favor". (Carta aos Romanos).


Vejamos, pois, como concretamente também nós podemos e devemos demonstrar a Deus o nosso amor. E recordemos o que nos diz Santo Agostinho: "Ama et fac quod vis (Ama e faz o que quiseres”). Se nós amamos verdadeiramente a Deus, podemos estar certos de que haveremos de cumprir toda a lei. Toda a lei, todos os mandamentos, todos nossos deveres estão compreendidos nestes dois preceitos, o de amar a Deus e o de amar o próximo, ou, se quisermos, estão todos compreendidos nesta simplicíssima exigência: Ama. É este o código mais simples e menor do mundo! Por outra parte, amar a Deus é não só o nosso máximo dever, mas é nossa suprema necessidade e felicidade: nós fomos feitos para amar a Deus e não seremos felizes enquanto não o amarmos plenamente: "Senhor, fizestes-nos para vós e inquieto estará nosso coração enquanto não repousar em vós" (S. Agostinho).


O que poderá nos indicar se nosso amor a Deus é verdadeiro? Eis alguns sinais:
1. Horror pelo pecado: o pecado é a rebelião contra Deus, é o contrário do amor, é egoísmo, é deixar Deus, abandoná-lo para nos voltarmos às criaturas. É pôr as criaturas no lugar de Deus.
2. Observar os mandamentos. Disse Jesus: "Se me amardes, observareis os meus mandamentos" (Jo 14,15). E o apóstolo João, que referiu essa palavra de Jesus, acrescenta e explica: "Quem diz: «Eu conheço» e não observa os seus mandamentos é mentiroso e a verdade não está nele; mas quem observa a sua palavra, nele o amor de Deus é verdadeiro e perfeito" (1 Jo 2,4 - 5).
3. Conformar a nossa vida com a de Cristo. "Quem diz que vive em Cristo, deve comportar-se como ele se comportou" (ib). Já os antigos diziam que o amor ou encontra os amigos iguais, ou, aos poucos, os torna iguais. Se amamos o nosso Deus encarnado, devemos nos tornar semelhantes a ele.


Devemos ser-lhe fiéis, escutá-lo e segui-lo. Observar todas as virtudes que nele resplandecem e ser perseverantes na prática delas. Quem o ama - a Jesus – deve renegar a si mesmo, abraçar a sua cruz de cada dia e segui-lo. A cruz é a prova maior do amor...

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

ORIOMUNDI RECOMENDA:

Deus - Um guia para os Perplexos
O teólogo Keith Ward é possuidor de uma biografia que o qualifica plenamente para desenvolver com conhecimento de causa o tema deste ensaio. Além de sacerdote da Igreja Anglicana e teólogo, é filósofo e professor de Filosofia da Religião do King’s College de Londres e professor responsável pela cadeira de “Divinity” da Universidade de Oxford.
...acabou tornando-se o interlocutor mais qualificado para rebater os questionamentos levantados por alguns cientistas a respeito da natureza e da existência de Deus, como os do biólogo Richard Dawkins, autor de Deus, um Delírio.
Em Deus: Um Guia para os Perplexos, Ward conduz o leitor por uma autêntica viagem — bem dosada com algumas pitadas do característico humor britânico — pela história das religiões e da filosofia, desde as divindades gregas até chegar a Hegel e Marx, passando por todos os mais importantes pensadores da história do mundo, tais como, por exemplo, Platão, Agostinho, Aristóteles, Tomás de Aquino, Kant, Heidegger, Schopenhauer e Nietzsche.
Sua erudição e preparo para desenvolver o tema fazem com que o texto adquira uma qualidade inquestionável e uma clareza fundamental para prender o leitor de forma definitiva, levando-nos a um passeio esclarecedor pela história do pensamento humano com um interesse redobrado, tamanha é a capacidade do autor para criar tópicos com títulos originais e até poéticos como “O amor que move o Sol”, “O poeta do mundo”, “O Deus dos filósofos” e “A escuridão entre as estrelas”, para citar apenas alguns.
Por tudo isso, Deus: Um Guia para os Perplexos torna-se uma leitura indispensável não só para estes “perplexos”, mas também para todos os crentes e não-crentes, embora tudo leve a crer que os primeiros tirarão um proveito maior de sua leitura, já que Keith Ward fornece argumentos inesgotáveis para mostrar que, como afirma Leonardo Boff no prefácio, “pensar Deus é (...) conectar-se com aquela Energia soberana e boa que pervaga o Universo e penetra nas profundezas de cada um”.

Quarta SÁBIA Quarta

O olho da caravana
"Moisés disse a Hobab, filho de Raguel, o madianita, seu sogro:
- Partimos para o lugar do qual disse Iahweh: Eu vo-lo darei. Vem conosco e te faremos bem, pois Iahweh prometeu boas coisas a Israel.
- Não irei, respondeu-lhe. Mas irei para minha terra e para a minha parentela.
- Não nos abandones, disse moisés, pois tu conheces os lugares onde devemos acampar no deserto e tu serás os nossos olhos. Se vieres conosco, faremos a ti o mesmo bem que Iahweh nos fizer.
Partiram, pois, do monte de Iahweh, a fim de fazer três dias de marcha. A arca da aliança devia ir na frente deles, durante esses três dias de marcha, procurando-lhe um lugar de repouso." (Nm 10, 29-33).
Ainda hoje o guia é chamado pelos beduínos de "o olho da caravana". (nota da Bíblia de Jerusalém)

Curiosidades

16. Em 371 a.C. Hipócrates desenvolve a Medicina. Abaixo o juramento elaborado por ele, que os médicos por ocasião de sua formatura, o fazem ainda hoje:

PROMETO: Que ao exercer a arte de curar, me mostrarei Sempre fiel aos preceitos da honestidade, Da caridade e da ciência. Penetrando No interior dos lares, meus olhos serão Cegos, minha língua calará os segredos Que me forem revelados os quais terei Como preceito de honra; nunca me servirei Da minha profissão para corromper Os costumes ou favorecer o crime. Se eu cumprir este juramento com Fidelidade, goze eu a minha vida e a minha Arte com a boa reputação entre os homens E para sempre; se dele me afastar Ou infringir suceda-me o contrário.

O Espírito de Dom Orione

4. O amor para com Deus
b) Deus se deu a si mesmo

"Ele me amou e deu-se a si mesmo por mim" (Gal 2,20) - por isso cada um de nós pode dizer com São Paulo: Deus não somente nos deu tantas belas criaturas. Não ficou satisfeito até que não nos deu a si mesmo. E o que cremos ao proclamar nossa fé na Encarnação: "O Verbo se fez carne e veio habitar no meio de nós". (Jo 1,14). "Deus amou tanto o mundo que lhe deu seu Filho Unigênito" (Jo 3,16). Nosso Deus se tornou um de nós. Fez-se carne em Jesus Cristo para nos resgatar e nos salvar. Deus se abaixou até o ponto de se "aniquilar a si mesmo" (cfr Fil 2,8) fazendo se assombrarem o céu e a terra.


Teria sido suficiente para nos redimir uma sua única lágrima, uma gota do sangue de Cristo, uma única palavra de súplica, mas em vez disso, Ele preferiu se dar totalmente, dar todo o seu sangue na cruz, na morte em meio a tormentos. Por quê? Para mostrar-nos o amor que tem por nós.


Comenta a propósito São Pedro Crisólogo: "Quod sufficiebat redemptioni, non sufficiebat amori" (o que era suficiente para a redenção, não era suficiente para o seu amor). E este amor Ele nos mostrou com sua vida repleta de sofrimentos, e com sua dolorosa morte: "humilhou-se a si mesmo tornando-se obediente até a morte e morte na cruz" (Fil 2,8).


Se fosse um nosso grande amigo e parente, que maior sinal de amizade e amor poderia dar? "Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida pelos próprios amigos" (Jo 15,13). Jesus não nos amou só de palavras, mas de fato e com que fatos! Por isso São João, convidando-nos a olhar para Jesus, nos exorta: "Filhinhos meus, não nos amemos só de palavras, mas de fato" (1 Jo 3,18). Acreditamos nós na Encarnação e na morte di Jesus Cristo? E se acreditamos, como não amá-lo? E que maior ternura podia Ele nos demonstrar, além de sacrificar sua vida por nós? E com que paixão de amor Ele o fez! “Há um batismo em que eu devo ser batizado, e como estou ansioso até que ele aconteça!" (Lc 12,50). "Desejei ardentemente comer esta Páscoa convosco antes de padecer" (Lc 22,15). Comenta São João: "Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao extremo" (Jo 13,1). Por isso São Paulo ha pode dizer: "Charitas Christi urget nos" (A caridade de Cristo mos impele), ao pensarmos que Um morreu por todos (2 Cor 5,14). E por isso o mesmo apóstolo exclamava: "Se alguém não ama o Senhor seja anátema!" (1 Cor 16,22).


"Quem, pois, nos poderá separar do amor de Cristo?" (Rom 8,35) - é ainda São Paulo que pergunta a si mesmo e a nós. Como poderemos nos separar do amor de Jesus? Como não amarmos a quem tanto nos amou? Eis por que os Santos sempre julgaram ter feito muito pouco, mesmo ao dar a vida e tudo mais por amor de um Deus tão cheio de amor.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Os jovens de Siderópolis, SC


"INFORME MENSAL DA PASTORAL DA JUVENTUDE DE SIDEROPOLIS"
Retorno
Somente depois de ter andado por terras estranhas
É que pude reconhecer a beleza de minha morada.
A ausência mensura o tamanho do local perdido
Evidencia o que antes estava oculto,
por força do costume.
Olhei minha mãe como se fosse a primeira vez.
Olhei como seu eu voltasse a ser criança pequena
A descobrir-lhe as feições tão maternas.
Abri o portão principal como quem abria
Um cofre que resguardava valores incomensuráveis.
As vozes de todos os dias estavam reinauguradas.
Deitei-me no colo de minha mãe como se quisesse
Realizar a proeza de ser gerado de novo.
Suas mãos sobre os meus cabelos
pareciam devolver-me
A mim mesmo.
Mãos com poder de sutura existencial...
Era como se o gesto possuísse voz,
capaz de me dizer:
Dorme meu filho, porque enquanto você dormir
Eu lhe farei de novo.
Dorme meu filho, dorme...
(Fábio de Melo em "Quem me roubou de mim?", p.32)

O Espírito de Dom Orione

4. O amor para com DEUS

Três são as virtudes que têm Deus por objeto: a fé, a esperança, e a caridade. A caridade é a maior: "permanecem estas três, a fé, a esperança e a caridade, mas a maior delas é a caridade" (1 Cor 13,19). Lemos em São Mateus: "Um doutor da lei interrogou Jesus para pô-lo à prova: - Mestre, qual é o maior mandamento da lei?” Respondeu-lhe: - “Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente. Este é o maior e o primeiro dos mandamentos. E o segundo é semelhante ao primeiro: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos depende toda a lei e os profetas" (Mt 22, 35 - 40).

a) Ele nos amou por primeiro

Deus nos amou. Diz São João: "Amemo-nos porque Deus mos amou por primeiro" (cfr. 1Jo 4, 19). O amor de Deus para com os homens é tão grande que nós não podemos medi-lo. Necessário seria compreender a Deus para medir o seu amor por nós. "Deus é amor" – é São João quem o diz – Deus é o santíssimo e eterno amor. A caridade, portanto, vem de Deus. Ela é um dom que Deus faz àqueles que observam os seus mandamentos. O mundo, infelizmente, não ama a Deus. É por isso que nele não existe jamais a verdadeira caridade entre os homens. De fato o sinal para conhecer se amamos os homens nossos próximos é, como ensina o apóstolo, (1 Jo. 5) unicamente este: se amamos a Deus e observamos os seus mandamentos. Pois bem, somente nas almas que amam a Deus pode se encontrar a verdadeira e consciente caridade, porque Deus desce a essas almas e faz nelas a sua morada. Habitando nelas ele lhes comunica os seus próprios pensamentos, seus próprios sentimentos, seu próprio modo de agir e de amar, de forma que elas passam a ver os homens com os olhos de Deus, passam a querê-los bem como Deus os quer bem e os amam como Ele os ama, e nada mais desejam senão fazer o bem, beneficiar e consolar a todos. "Nós cremos no amor que Deus tem por nós" (1 Jo. 4,16). Nós ouvimos as palavras que o Profeta nos dirige: "Eu te amei com amor eterno" (Jer 31,3).

Os primeiros a nos amar foram nossos pais, mas só depois que nos conheceram. E, ao invés, antes que nós existíssemos, milhares e milhares de séculos antes, declara Deus: "com amor eterno eu te amei". Desde que Deus é Deus, Ele te ama. Deus é eterno: portanto, desde toda a eternidade Ele nos ama. Santa Inês, a quem lhe pedia o amor humano, respondia: "Já fui conquistada por outro amor". E, a Deus só, consagrou a sua virgindade, antes de lhe oferecer todo o seu sangue no martírio. "Caelum et terra et omnia mihi dicunt ut amem te" (o céu e a terra e todas as coisas me falam do teu amor).

Foi somente para nos demonstrar o seu amor que nos tirou do nada e nos criou. Podia ter criado milhões de outras criaturas: mas, ao invés, criou a ti. Tudo, pois, te fala do amor de Deus para contigo.

Santa Teresa de Jesus escreveu que todas as criaturas lhe chamavam a atenção porque não amava suficientemente ao seu Criador, e lhe jogavam em face a sua ingratidão.

Santa Maria Madalena de Pazzi, quando tinha em mãos e admirava uma flor, sentia transpassar-lhe a alma como por uma seta de amor: "Ora pois – raciocinava ela – Deus, desde a eternidade, pensou em criar esta flor para meu encanto, esta fruta para minha delícia, a fim de que eu o amasse com um amor todo especial. Reflitamos: Deus nos criou; fez-nos nascer em uma nação cristã, nos cumulou das riquezas do seu amor e da sua graça; fez-nos renascer para a vida nova pelo batismo. E em seguida, depois desse primeiro dom, quantas, quantas graças! E tudo... quando Ele já previa a nossa ingratidão.
Deus se deu a si mesmo.

Curiosidades

13. Em 586 a.C. Nabucodonosor II invade Jerusalém; os israelitas são levados para o cativeiro da Babilônica, do qual retornam em 539 a.C.

14. Por volta de 490 a.C., o pensamento de Confúcio começa a se propagar na China.

15. Em 450 a.C. o Império persa entra em declínio.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Parabéns aos Paulistanos

Passei pela Ipiranga com a São João
e nada aconteceu com o meu coração.
que bom
que bom
que bom.
Parabéns Paulistanos
tão mártires como São Paulo.
Não percam a cabeça.
Logo tudo ficará bem.

São Paulo 456 Anos


...Em Brasília é veraneio
No Rio é banho de mar
O país todo de férias
E aqui é só trabalhar

Porém com todo defeito
Te carrego no meu peito
São, São Paulo
Meu amor
São, São Paulo
(Tom Zé)

Aniversário de São Paulo

Parabéns São Paulo!
"Alguma coisa acontece no meu coração
que só quando cruzo a Ipiranga e a Avenida São João (...)
Porque és o avesso do avesso, do avesso, do avesso"
(Caetano Veloso em "Sampa")

O Espírito de Dom Orione

3. Amo e canto

A alma, inundada pela bondade do Senhor e pela sua graça, incendiada pelo fogo da caridade, erguida até as alturas e trepidante de amor, experimenta uma alegria que, é gozo espiritual e se transforma em canto e doçura, sente a sede ardente do infinito, suspira por toda a verdade, por todo o bem, por toda a beleza; sente atração, ardor sempre crescente por Deus; e ama, no Uno, a todos, no Centro, os raios, no Sol dos sóis, a toda luz. E nesta luz inebriante eu me liberto do homem velho e amo: esse amor me faz homem novo e amando eu canto, canto! Amo inefavelmente e canto o mesmo Amor infinito e a santíssima Virgem, Nossa Senhora do Amor Divino e me lanço a uma altura sem limites, donde, com um brado imenso de vitória e de glória a Deus e a Nossa Senhora, amo e canto. O esplendor e o ardor divino não me queimam, mas me retemperam, me purificam e sublimam e me dilatam o coração, de tal forma que eu quisera apertar, com meus pequenos braços humanos, todas as criaturas para levá-las a Deus . Quisera me tornar alimento espiritual para meus irmãos que têm fome e sede da verdade e sede de Deus; bem quereria vestir de Deus os nus, dar a luz de Deus aos cegos e aos que suspiram por mais luz; abrir os corações às inumeráveis misérias humanas e me fazer servo dos servos, distribuindo a minha vida aos mais indigentes e abandonados; quisera me tornar o louco de Cristo e viver e morrer na loucura da caridade para os meus irmãos! Amar sempre e dar a vida cantando o Amor! Despojar-me de tudo! Semear a caridade ao longo de todas as trilhas; semear Deus de todos os modos, em todos os sulcos; descer a todos os abismos e voar infinitamente cada vez mais alto, até o infinito, cantando a Jesus e a sua Mãe santíssima. E não parar jamais.

Transformar os abismos em sulcos radiantes da luz de Deus; tornar-me um homem bom entre os meus irmãos; abaixar e estender sempre minhas mãos e meu coração para recolher as vacilantes debilidades e fraquezas e depositá-las sobre o altar, para que, em Deus, se transformem em forças de Deus e grandeza de Deus. Jesus morreu com os braços abertos.

Caridade! Quero cantar a Caridade! Ter uma grande compaixão para com todos! Senhor, gravai sobre minha fronte e sobre o meu coração o Tau sagrado da caridade. Abri meus olhos e o coração para as misérias dos meus irmãos; que minha vida arda, como sobre altíssima pira diante de Vós, ó Jesus! Vida ardente! Fazei-me um braseiro, resplendente de luz. Viver de luz. Ajoelhado com toda a minha miséria, eu me deixo ficar, gemendo, diante da vossa misericórdia, ó Senhor, que morrestes por nós. Senhor, não sou digno, mas preciso da vossa alegria, alegria casta, alegria que arrebata, que nos transporta à mansão da paz, para cima de nós mesmos e de todas as coisas: alegria imensa! A alma se decide a arrostar com tudo, para subir, unir-se a Deus: é a alegria da humildade.

A caridade tem fome de ação: é uma atividade que rescende ao eterno e ao divino. A caridade não sabe ser ociosa. Nós habitamos em Deus e vivemos em Deus.

Sinto-me como um bloco de carvão aceso sobre um altar: viver em Deus e Ele em nós. Aí está o mais sublime ápice da vida e da morte, o ponto mais alto e sublime do amor, a alegria mais sublime e a sublimidade mais indizível da eternidade! Quem quer que siga a Maria, será vitorioso sobre seus próprios inimigos e chegará ao reino onde Ela é rainha com seu Filho, na glória que jamais terá fim, na bem-aventurança imensa; e mais alto, no silêncio sagrado do incompreensível, onde se curva reverente um arcano esplendor, lá na morada do Altíssimo! Rogai a Deus por este que, assistido pela graça divina, escreve esta loucura de amor; e ele reza por todos que a lerem. E que Deus nos dê a Si mesmo largamente e por todo o sempre. Amém. - Oh, as maravilhas da Luz! (DOLM, 2164 ss; Scritti 100, 187 ss.)

Curiosidades

10. Os primeiros textos hebraicos (Salmos, Eclesiastes) e a primeira versão do épico hindu Mahabharata foram produzidos em 930 a.C.

11. 1814 a.C. é a data legendária da fundação da cidade de Cartago pelos fenícios.

12. 1753 a.C. é a data legendária da fundação de Roma (de trás prá frente é "amor").

domingo, 24 de janeiro de 2010

O Espírito de Dom Orione

2. O Hino da cariDADE.

(...) O Evangelho ensina que não podemos ter paz com Deus se estamos em discórdia com o próximo, e São João escreveu: "Não amas a Deus que não vês, se tu não amas o irmão que vês".
A caridade é o mandamento próprio de Cristo; ele disse: "Nisto reconhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros". Não há nada mais caro ao Senhor, do que a caridade para com o próximo e especialmente para com as almas. Almas e Almas!

Oh! a caridade de São Francisco de Assis, que foi todo seráfico no ardor! Oh! a caridade que abrasava o coração de São Vicente de Paulo e de São José Cotolengo, o pai dos sofredores! Deus é caridade, e quem vive na caridade, vive em Deus. A caridade nos edifica e unifica em Cristo, a caridade é paciente e benigna, é suave e forte, é humilde, iluminada e prudente, ela tem compaixão com os defeitos alheios, exulta com o bem dos outros, põe sua felicidade em fazer o bem a todos, inclusive aos inimigos, ela se faz tudo para todos, é onipotente e triunfa sobre todas as coisas.

Um dia Jesus, chamando os eleitos para sua direita, dir-lhes-á: “Vinde, benditos do meu Pai, pois tive fome e me destes de comer, tive sede e me destes de beber, eu estava nu e me vestistes, eu era órfão e me acolhestes”.

Maravilhados com esses elogios, eles perguntarão: “Senhor, quando foi que te fizemos tudo isso?” Cristo responderá: “Tudo o que fizestes aos meus pobrezinhos e pequeninos por amor de mim, foi a mim que o fizestes”. Nosso Deus é um Deus apaixonado de amor, Deus nos ama mais de quanto um pai possa amar ao seu próprio filho; Cristo nosso Deus não hesitou em se sacrificar por amor da humanidade.

No mais miserável dos homens brilha a imagem de Deus. Quem dá ao pobre, dá a Deus e terá da mão de Deus a recompensa. Oh! Mande-nos a Providência os homens da caridade! Como um dia, das pedras tirou Deus os filhos de Abraão, assim suscite uma legião e um exército, o exército da caridade, que encha de amor os sulcos da terra repletos de egoísmo, de ódio, e conceda, finalmente, a paz à aflita humanidade.

Demais já nos temos odiado – até o poeta Carducci o reconheceu - amemo-nos.

Sejamos os apóstolos da caridade, dominemos nossas paixões, alegremo-nos com o bem dos outros como sendo bem nosso; no céu será exatamente assim, como nos faz ver o próprio Dante com a sua sublime poesia. Sejamos apóstolos da caridade, do amor puro, amor alto e universal, façamos reinar a caridade com a delicadeza do coração, compadecendo-nos e ajudando-nos uns aos outros, dando-nos as mãos e caminhando juntos. Semeemos a mãos largas, a cada nosso passo, obras de bondade e de amor, enxuguemos as lágrimas de quem chora. Sintamos, ó irmãos, o grito angustiado de tantos nossos irmãos, que sofrem e suspiram por Cristo; vamos ao encontro deles como bons Samaritanos, sirvamos à verdade, à Igreja e à Pátria na caridade.

Fazer o bem a todos, fazer o bem sempre, o mal, nunca, a ninguém. (São Luís Orione, Lettere II. 327 ss)

Curiosidades

7. Os fenícios desenvolveram o comércio marítimo no Mar Mediterrâneo oriental por volta do ano 1000 a.C.

8. Ainda por volta do ano 1000 a.C. Davi torna-se rei de Israel, com Jerusalém como capital.

9. Estima-se que a população mundial no ano 1000 a.C. fosse por volta de 70 milhões de pessoas.

ORIONMUNDI 2 ANOS

Um curiosidade (relevante), esse ano de 2010 o ORIOMUNDI completará dois anos que está na rede.
A primeira postagem foi essa:

ORION COUNTER ESTÁ NO AR

Olá, confrades depois de algumas tentativas conseguimos colocar no ORIOMUNDI um "Counter" assim passamos a saber o total de visitas, inclusive de qual país naquele momento estão acessando o ORIOMUNDI. Legal né?
Pedimos aos que têm no ORIOMUNDI um link para outro blog mantê-lo sempre que possível atualizados. Bom domingo a todos.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Estágio Vocacional em Guararapes


Esta foto foi tirada a poucos minutos atrás, no momento em que os participantes tomavam o Café.
têm dois meninos de Guararapes, dois de Campo Grande e um de Ribeirão Preto.
O estágio vai até quarta feira dia 27.
Que as nossas sementeiras (seminários), ainda que timidamente, continuem semeando,
Sempre,
Ever,
Toujours...
Brotar, florescer, frutificar... aí é com Deus. Não deixemos nunca de SEMEAR.

Curiosidades

4. O comércio marítimo entre Egito e Biblos (atual Líbano) coincide com o surgimento das primeiras cidades na China: cerca de 2500 a.C.

5. Em 1500 a.C. inicia-se a expansão do Império Egípcio até o Oriente Médio. Em 1200 a.C. começa a sua decadência.

6. Em 1200 surge a civilização olmeca no México.

O Espírito de Dom Orione

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1. Caridade: Reino de Deus!
A caridade! A maior e a rainha de todas as virtudes, que coroa todas as outras! Oh, como quisera eu ter a língua de todos os Anjos e o coração de todos os Santos e da mesma Beatíssima Virgem para balbuciar, ó meus queridos, alguma palavra sobre a caridade, sobre o amor santíssimo e infinito de Deus por nós, sobre o amor de nosso Senhor Jesus Cristo, nosso Deus e Redentor, por nós: sobre as provas de amor, sobre os sacrifícios de Jesus por nós, de Jesus, que se entregou todo inteiro por nós "in qua nocte tradebatur, (naquela noite em que era traído)", e que permanece conosco! E nos ordenou que o amássemos, com tanto ardor, que parece ter necessidade de nós e do nosso amor.
E quis que o Apóstolo da pureza e da caridade, o predileto, nos desse a mais verdadeira, a maior e a mais consoladora definição de Deus:"Deus Charitas est, (Deus é o Amor)". Ó Caridade, reino de Deus e o próprio Deus, suavíssima, santíssima, infinita Caridade, nossa vida, palpitação da nossa vida e dos nossos corações, fica sempre conosco! Tu és o mandamento especial de Cristo Jesus Nosso Senhor, o emblema dos discípulos do Senhor: sem ti nada somos, mas contigo, apesar de paupérrimos em todo sentido, seremos tudo: fica conosco por todo o sempre! Vem, ó tu que és tão grande e sem limites, vem, com toda tua grandeza e imensidão, vem sobre nós que somos pequenos, tão pequenos, e precisamos do teu espírito e precisamos viver de ti! Vem e transforma-nos de pobres pecadores em verdadeiros e grandes corações ricos do amor de Deus e dos homens: dilata nossos corações, ó santa caridade de Jesus Cristo, de forma tal que não ponhamos limites ao amor de Deus e do próximo, jamais, jamais! Sê tu, ó Senhor, o nosso eterno e único Bem, e que nada do que na terra existe consiga subtrair a menor migalha do nosso amor à Santa Igreja, às almas, especialmente aos pequeninos e pobres.
E na vida de Caridade e no exercício da caridade fraterna, torne-se nossa Pequena Congregação um só coração e uma só alma, e glorifique somente ao Senhor! (Da Carta do dia 12/08/1936. Lettere II, 418 ss.)


Parabenizamos nossos confrades:
25 - Ir. Agostinho Joventino do Carmo (S)
26 - Pe. Almarinho Vicente Lazzari (S)
28 - Nv. Getúlio Assis Arruda (N)
29 - Pe. Hélio Frison (N)
Muita vida, muita caridade!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Um Bom Filme


















Em algumas poucas décadas, a humanidade interferiu no equilíbrio estabelecido no planeta há aproximadamente quatro bilhões de anos de evolução. O preço a pagar é alto, mas é tarde demais para ser pessimista. A humanidade tem somente dez anos para reverter essa situação, observar atentamente à extensão da destruição das riquezas da Terra e considerar mudanças em seus padrões de consumo. Ao longo de uma seqüência única através de 54 países, toda filmada dos céus, Yann Arthus-Bertrand divide conosco sua admiração e preocupação com esse filme e finca a pedra fundamental para mostrar que, juntos, precisamos reconstrui-lo.

Curiosidades

1. O início da construção das pirâmides no Egito se deu em 2.700 a.C.

2. O primeiro sistema escrito de que se tem registro data de 3400 a.C. É atribuído aos sumérios, povo que viveu no sul da Mesopotâmia (região entre os rios Tigre e Eufrates, no Oriente Médio).

3. Em 509 a.C. começou a pregação de Sidarta Gautama (Buda)

O Espírito de Dom Orione

Caridade e obras
"Quando eu estava em Monte Mário - recorda Dom Carlo Pensa - apareceu um dia Dom Orione com um pobre velho todo machucado, de barba comprida e desgrenhada.
Era um russo, que ele tinha encontrado pelo caminho. Cedeu ao pobre homem a própria cama, tendo que dormir ele mesmo num divã e, quando o frio era muito forte, dormia até no curral, acomodando-se, como podia, no cocho.
Deu abrigo ao velhote russo por um bom pedaço de tempo, não deixando que lhe faltasse nada.
Recordo ainda que, tendo eu ficado doente, ele me cedeu seu quarto, e com carinho materno, quis ele mesmo ser meu enfermeiro" (de "O Espírito de Dom Orione - a caridade", p. 11)

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Paiva e Miotelli: Turnê Orionita


Pe. José de Paiva e Pe. Luiz Miotelli, fazem uma "turnê" pelas casas da Província sul, estiveram em Campo Grande e Dourados. Esse click se deu lá em Guararapes quando eles foram carinhosamente acolhidos pelo Pe. Miltom diretor da casa. Amanhã pela manhã eles avançam em território da Pronvícia Norte, Rio de Janeiro. Por onde passam, distribuem as boas novas dos confrades e das casas por onde estiveram.
Será que motivação de tantas milhas rodadas se deu pelo fato de terem sido inspirados pelo filme Diários de Motocicleta, donde os personagens percorrem toda a América Latina, com diferença apenas de terem trocado a Motocicleta por algo mais confortável, Gol!!?
Rever confrades, fortalece laços, combate a onda de indiferença que assola mundo, é sinal de maturidade religiosa, tá na moda e é fashion!!!

Campanha da Fraternidade 2010

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

álbum fotos 160


Festa de aniversário: Pe. José Manuel dos Santos, Pe. Giovanni Porfiri, Pe. Antõnio Pagliaro e Pe. Giuseppe Tonelli

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

álbum fotos 157


Participantes do II Congresso Orionita do Movimento Laical Orionita (MLO) em Aparecida, SP, promovido pela Província Nossa Senhora de Fátima (Norte). Esse Congresso foi realizado no Seminário Redentorista de Aparecida. Vemos na foto: Pe. Geraldo Dias, Pe. Jarbas Assunção Serpa, Sr. Geraldo Scano. Identifique outros.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Cl. Márcio viaja prá Itália

Viajou hoje prá Roma, o Cl. Márcio Lopes Vieira (da esquerda prá direita, ele é o quinto na foto). Estará na Cidade eterna neste primeiro semestre fazendo um curso para formadores e promotores vocacionais. Boa viagem Márcio e boa estadia em Roma.

O Haiti e o Sofrimento Sem Sentido

...Quero é simplesmente propor que antes de nos deixarmos levar pela tentação de "falar e falar" e de procurar "respostas fáceis", mergulhemos no silêncio, nas regiões mais profundas do nosso ser para meditarmos sobre a fragilidade e imprevisibilidade que marcam as nossas vidas. Como diz o Evangelho, precisamos ficar atentos e "vigiar". Não porque devamos viver com medo, mas porque, reconciliando com a nossa condição humana, reconhecemos que não há religião, razão, tecnologia ou política que possam impor uma "ordem de harmonia perfeita" sobre a vida e a natureza; não há como prever e controlar todos os aspectos da vida (seja na relação dos seres humanos com a natureza, seja com outros seres humanos e com sociedades). O que podemos e somos chamados é viver vigilantes a vida no espírito de amor e solidariedade, sentindo em nós a dor e o sofrimento do nosso próximo (mesmo que geograficamente longe), fazendo o melhor possível para construirmos relações humanas e sociais que possibilitem uma vida digna e alegre para as pessoas. Mesmo que não encontremos sentido (se é que há) para tanto sofrimento inocente.

JUNG MO SUNG (Teólogo)

Irmãs Orionitas se despedem de Siderópolis 1


Depois de 53 anos de Sideropolis as Irmãs orionitas partiram para outra missao. Fotos da missa foi de despedida e de envio pra terras distantes.

Irmãs Orionitas se despedem de Siderópolis


Depois de 53 anos de Sideropolis, SC, as Irmãs orionitas partiram para outra missao. As fotos são da missa de despedida e de envio pra terras distantes, conforme comunicou-nos o Pe. Vanderci José Rocha

álbum fotos 156b


Cardeal Agnelo Rossi entre Pe. Giuseppe Rosin e Pe. Giovanni Pattarello

álbum fotos 156a

Pe. Pacífico Mecozzi, Dom Giuseppe Zambarbieri, Cardeal Agnelo Rossi, Pe. Fulvio Mastrangelli, Pe. José Dias, Ir. Ìtalo Saran (de gravata)

domingo, 17 de janeiro de 2010

Do Evangelho deste Domingo

O bom vinho
"Eles a levaram e ele provou a água convertida em vinho (...); por isso se dirigiu ao recém-casado e lhe disse:
- Todo mundo oferece primeiro o bom vinho e, quando os convivas já estão alegres, faz servir o menos bom. Mas tu guardaste o bom vinho até agora!"
(Jo 2,9-10)

álbum fotos 153


Religiosos orionitas com o Papa Paulo VI (Pe. Giovanni Pattarello beijando a mão do Papa) - Final da década de 1960

sábado, 16 de janeiro de 2010

álbum fotos 152


Religiosos orionitas com o Papa João XXIII (década de 1960, em Roma)

Momento de Sabedoria

O TEU JARDIM

"Ao começares a plantar o teu jardim
verás que o teu vizinho está ali, espiando.
Ele gosta de dar palpites sobre como
semear as ações, adubar os pensamentos
regar as conquistas.
Se deres atenção ao que ele está dizendo,
terminarás fazendo um trabalho que não é o teu;
o teu jardim será assim ideia do teu vizinho.
Saiba que cada jardim tem seus mistérios,
que só a mão paciente do jardineiro é capaz de decifrar.
Por isso, prefere concentrar-se no sol,
na chuva, nas estações.
Saiba que o tolo que dá palpites sobre o jardim alheio,
não está cuidando de suas plantas."

Viva Zilda Arns que cuidou bem do seu jardim, não deu ouvidos aos tolos e ajudou tantos a plantar jardins e cuidar das suas flores.

E viva nossos confrades aniversariantes desta semana:

17 - Nv. Maurício Magno Rodrigues Pereira (N)

21 - Pe. José Vicente (N)

22 - Dom Fermin Fernandez (Ecônomo geral)

Parabéns!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

o haiti (Caetano Veloso)

O Papa disse: "a história da Igreja não é a história dos papas"


João Paulo I, em seus 33 dias de pontificado, ainda meio desajeitado à estatura do cargo, saiu-se com uma pérola. Disse aos jornalistas que lhe fizessem perguntas essenciais, e não como os que teriam ido entrevistar Napoleão e lhe perguntaram sobre a cor preferida de suas ceroulas. Napoleão teria respondido que ele era um general, e que as perguntas deviam ser sobre estratégias de guerra. E o papa acrescentou: "se quiserem me perguntar sobre a Igreja, saibam em primeiro lugar que a história da Igreja não é a história dos papas, mas dos santos!" De fato, há papas santos e outros nem tanto. Uns fizeram um capítulo de história mais mundano. Mas os santos fazem a história que começou em Jesus, são a expressão eficaz da Igreja de Jesus. E há santos na Amazônia, nas periferias de São Paulo, nos riscos missionários por toda parte. Neles há algo de absolutamente sólido e transcendente.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Leigas do Instituto Secular Maria da Nazaré fazem Retiro em Santo Anastácio-SP





O papagaio rezador

Dona Chiquinha tinha um papagaio o qual ela estimava como a um filho. Até colocou nele o nome de Lero. Ela o tratava com todo o carinho: tinha uma casinha, comidinha em horários determinados, no frio cobertor, no verão passeios.
Dona Chiquinha tão devota que era, rezava o terço várias vezes ao dia. Pois não é que o bendito papagaio aprendeu a rezar a "Ave Maria"? Aquilo se tornou um orgulho para Dona Chiquinha. Ela até falou para as suas comadres e o comentário se espalhou por toda a vizinhança.
Certo dia, estava Dona Chiquinha cuidando dos afazeres quando observa que vem vindo um bando de papagaios voando em direção de sua casa. Eles chegam, pousam junto com o Lero, permanecem alguns segundos e levantam vôo, levando junto com eles o papagaio queridinho de Dona Chiquinha. Foi muito triste para ela. As lágrimas tomaram conta de seu rosto. Sentindo muito a falta do seu queridinho papagaio e com aquela saudade apertando seu coração, ela sai pela cidade à sua procura. A semana inteira, todos os dias ela saía à procura de Lero, pela vizinhança e até noutros bairros da cidade onde morara e nenhuma notícia de seu querido papagaio. Cansada e abatida, ela volta triste e já sem esperanças de o reencontrar.
No entanto, passados 12 dias, para sua alegria, eis que ela observa nos céus, um bando de papagaios vindo na direção da sua casa e com eles o seu querido Lero. E com a seguinte surpresa: o Lero vinha na frente rezando a "Ave Maria..." e os outros papagaios atrás respondendo: "Santa Maria Mãe de Deus, rogai..."