quarta-feira, 29 de outubro de 2008


Um novo ícone de
Dom Orione foi doado aos FDP de Londres. Obra de Irmã Bernadette Mewburn.
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segunda-feira, 27 de outubro de 2008

FALECIMENTO PE. EDVALDO


Faleceu hoje (27 de outubro) às 03H05min na cidade de Lauro Muller, SC, o nosso confrade Pe. Edvaldo Gonzaga aos 37 anos de idade, 9 anos de Vida religiosa, 10 meses de sacerdócio. Ele era o vigário paroquial em Porto Alegre, RS (Paróquia Santa Tereza).O enterro será amanhã (dia 28) em Lauro Muller em horário matutino.Rezemos pelo seu descanso eterno na casa do Pai.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

HOMENAGEM


Deixou prematuramente do nosso convívio, vítima de acidente automobilístico, o
Senhor Lindomar Machado pai do nosso Clérigo Marcelo De Menech no dia 04/10/2008.
Morte! É duro o enfrentamento com a morte. É a certeza do destino de todos nós, porém o confronto com a realidade parece um sonho, é sofrido e é doloroso, mesmo para quem lida com ela no seu dia-a-dia.
E o sofrimento guarda dimensões proporcionais à intensidade, ao nível e ao tempo de convivência com o motivo da perda. Sofre-se por não mais se poder contar com a presença física, com os sons dos passos, com os conselhos, com a cumplicidade, com a experiência. Desespera-se por não poder escutar mais a voz, retrucar, consultar, discutir, dividir.
Pedimos a todos que rezem pela família e pelo Senhor Lindomar.
Nosso Irmão se encontra agora na comunhão de todos aqueles que nasceram para Cristo.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

PARABÉNS PROS NOSSOS CONFRADES


Estão aniversariando nesta semana:
20 Pe. Antônio Aparecido da Silva (Pe. Toninho)
20 Cl. Haleks Marques Silva (N)
21 Vinícius Rebelatto de Oliveira
24 Pe. Nivaldo de Jesus Carvalho (N)
28 Pe. Gilson Jorge da Fonseca (N)
28 Pe. João Batista de Freitas (N)
29 Pe. José Deboita (S)
29 Cl. Julio Eliseu Duarte Junior (N)
30 Pe. Ricardo Paganini (S)
30 Cl. Geraldo Gonçalo da Silva (N)

FALECIMENTO

Comunicamos o falecimento do Sr. João Silvino Barreto, pai do nosso confrade, Pe. Rafael Caldeira Barreto. O Sr. João Silvino Barreto faleceu ontem, dia 19 de outubro, em Belo Horizonte-MG, às 08:00 hs. da manhã. Tinha 98 anos de idade. Seu corpo foi velado na Capela do Lar dos Meninos Dom Orione e foi sepultado hoje, dia 20, às 09:30 hs, no Cemitério da Paz, em Belo Horizonte.
Descanse na paz do Senhor!

Assembléia Geral das PIMC

Caros confrades
Encontramo-nos em Roma, participando da nossa Assembleia Geral, que encerrar-se-a no próximo dia 23 do corrente mês. O Conselho Geral dos Filhos da Divina Providência estão participando assiduamente conosco. Tal presença é muito significativa para a caminhada das PIMC (Pequenas Irmãs Missionárias da Divina Providência). Daqui desta magnifica cidade histórica,
Um grande abraço
Ir. Bernadeth

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Reflexão para a 28a terça-feira


(Gl 5,1-6; Sl 119; Lc 11,37-41)
Decaídos?
Podemos perceber e acolher uma sensível coincidência entre o pensamento de Paulo, expresso na primeira leitura de hoje, e a reação do Senhor jesus diante da supresa do fariseu que «convidou-o ao almoço» (Lc 11,37). Pode-se dizer que o fariseu convida ao almoço o Senhor, mas não lhe permite comer! Este homem, mesmo em toda sua gentileza, não necessariamente hipócrita, convida o Senhor Jesus à sua casa, sem acolher até o fim aquilo que o hóspede pode trazer à sua casa. O gesto direto do Senhor que «entrou e se colocou à mesa» é bastante constrangedor, e por isso, muito provavelmente, não casual. Seria como convidar uma pessoa que respeitamos e amamos pela sua vida espiritual e que não abençoasse a mesa, antes de começar a comer... Provocaria, em nós, pelo menos, a mesma surpresa que atingiu o fariseu, bloqueado diante do fato que um estimado Rabbi «não tivesse feito as abluções antes de comer» (11,38). Diante de semelhantes atitudes, que colocam em crise as prática religiosas, haveria motivo para usar as mesmas expressões de Paulo, mas ao contrário: «decaístes da graça!» (Gl 5,4).
Frequentemente, também nós julgamos toda uma série de omissões, quanto à prática e usos religiosos, como um sinal de decadência, e muitas vezes, corresponde à verdade. O Senhor Jesus nos leva ainda além, e nos pede para colocar a atenção do nosso coração, desviando do que se faz ou se deveria fazer «antes da comida» (Lc 11,38), ao que está ainda antes deste: «o vosso interno» que é, tão frequentemente, «pleno de roubos e maldades» (11,39). Por outro lado, o apóstolo Paulo diz, na mesma linha libertadora e exigente: «não é a circuncisão que conta, ou a não circunsisão, mas a fé que opera por meio da caridade» (Gl 5,6). O Senhor não hesita em dar a esta caridade um nome ainda mais preciso e concreto: «esmola» (Lc 11,41).
O que parece faltar a este piedoso e gentil fariseu é a capacidade que falta, frequentemente, também a nós: não somente convidar e hospedar o outro na nossa vida, mas acolhê-lo a partir de sua vida, e não a partir das nossas convenções, geradas pelas respeitáveis convicções. Temos, pelo menos, duas responsablidades: acolher desde o «externo», e acolher, ao invés, do «interno» (11,39). Se nossa vida, como aquela dos outros, pode ser comparada a um «vaso» ou um «prato», o Senhor Jesus nos pede para olhar o interno, e não à limpeza externa. O Senhor nos pede para compartilhar o que é contido nas nossas respectivas vidas: assim «tudo será puro» (11,41). O que nos permite que não sejamos «decaídos da graça» (Gl 5,4) é a crescente capacidade de olhar-nos dentro e de enxergar dentro das coisas. Então, também as práticas, os costumes, os usos e as prescrições são como as notas de um canto, pleno de vida e de amor: «Muito me alegro com os vossos mandamentos, que eu amo, amo tanto, mais que tudo! Elevarei as minhas mãos para louvar-vos, e com prazer, meditarei vossa vontade». (Sl 119)
Fratel Michel Davide OSB

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Reflexão para a 28a segunda-feira


(Gl 4,22-24.26-27.31;5,1; Sl 112; Lc 11,29-32)
Um sonho como sinal
O Senhor Jesus é decisivo: «nenhum sinal» (Lc 11,29) senão aquele de ser e permanecer «livres» (Gl 5,1). Colocar juntos os dois textos, como aqueles que nos oferece a liturgia de hoje, produz uma mensagem de grande intensidade, que pede um caminho de profunda responsabilidade e de contínua vigilância. Trata-se, de fato, de não esquecer que «nós não somos filhos de uma escrava, mas de uma mulher livre» (Gl 4,31) e que a nossa liberdade em Cristo é «o sinal de Jonas» (Lc 11,29) que se torna um sonho para a nossa vida e um sinalizador para conduzir nossos irmãos, para que não se percam em inúteis ilusões. Mesmo assim, no escutar o evangelho de hoje, somos obrigados a tomar consciência de nossa costumeira propensão a ser, o nosso modo, uma «geração perversa». Não se trata de uma nota moral – ainda que, muitas vezes, a nossa vida concreta, possa ter alguma conotação malvada – mas sim de alguma coisa que toca a atitude mais profunda de nosso coração, no que se refere à liberdade.
Na realidade, cada um de nós leva, em si, um pequeno Abraão, que «teve dois filhos, um da escrava e outro da mulher livre» (Gl 4,22). O apóstolo explica – retomando e enriquecendo a tradição rabínica – que «aquele da escrava nasceu segundo a carne; aquele da mulher livre, em virtude da promessa» (4,23). O que faz a diferença na vida de fé pela capacidade de viver, sempre mais, de uma «promessa» que se faz encontro com uma pessoa, o Senhor Jesus Cristo, o qual, com grande simplicidade, fala de si mesmo dizendo: «Está aqui um maior que Salomão» (Lc 11,31). Jonas e Salomão representam, da melhor maneira possível, a figura do sonho que se faz sinal e que, continuamente, é capaz de sinalizar para impulsionar-nos além, em um caminho sempre mais aberto e menos temeroso. Na realidade, cada vez que buscamos sinais, arriscamos revelar nosso medo do futuro, que não nos permite ler – com gratidão e até o fundo – os dons que o presente nos oferece, muitas vezes, temperado com uma certa plenitude. Por isso é necessário aprender com a «rainha do sul» e mesmo com «os habitantes de Nínive» (11,32), associados por sua imensa capacidade de maravilhar-se e converter-se, pela sua incomparável disponibilidade em colocar-se em viagem, para alargar seus horizontes e em converter seu próprio comportamento, acolhendo o sinal de um profeta deseperado como Jonas, que estranhamente gira pela cidade com um forte cheiro de mar e de entranhas de peixe.
Para que tudo isto possa acontecer na nossa vida, é necessário não esquecer que – como nosso pai Abraão – dois filhos estão em nosso seio, dois sinais continuamente acompanham a nossa vida, como dois sinalizadores colocados em uma bifurcação, que exigem uma escolha e um risco: aquele de ser livre e de aventurar-se nas grandes navegações da conversão, da mudança, da novidade e da surpresa. O evangelista João nos relata uma longa e dura discussão entre Jesus e os judeus, acerca da figura de Abraão e sobre o tema da liberdade. Também naquele caso, a conclusão do Senhor é forte e clara: «Se o Filho vos fará livres, então o sereis de verdade» (Jo 8,36). De fato, é no Senhor Jesus que os «dois filhos» (Gl 4,22) de Abraão tornam-se um só filho e é do verdadeiro Salomão de nossa vida que somos chamados a aprender a discernir e acrescentar os sinais da liberdade. Estes sinais estão sempre ligados à nossa capacidade de reconhecer o grau de verdade e de liberdade, pela disponibilidade de estar sempre do lado da vida... exatamente como aquela mulher prostituta, que colocou em primeiro lugar a vida de seu filho, muito mais que o seu prestígio de mãe, e que foi ajudada e sustentada pela espada de Salomão (1Rs 3,16ss).
Fratel Michel Davide OSB

O Apostolado do Eremita

No próprio eremitério, os eremitas podem encontrar opor tunidades de apostolado direto, em contatos com visitantes ocasionais ou com hóspedes que desejam passar alguns dias em retiro,através do silêncio do eremitério, em meio as orações, testemunhando, consolando e aconselhando.

“No seio da Congregação, os eremitas devem estar como Moisés sobre o monte: de mãos erguidas em oração. Dessa forma, eles proporcionam um admirável e fecundo apoio a todo o apostolado

da Congregação.”(Constituições)

“O apostolado dos eremitas nasce no eremitério e desenvolve-se mediante o eremitério, por meio de irradiação. Por essa razão, apesar da enorme necessidade do apostolado ativo, não sejam os eremitas desviados da vida regular deles.( carta de Dom Orione)

“Com oração, tudo e possível; sem oração, tudo e impossível. É na oração que as coisas são realizadas. Nos podemos plantar e irrigar, mas somente Deus pode dar a vida. Além disso, o meio mais eficaz de ajudar as nossas obras, os nossos esforços é a oração por todos, com fervor e Constancia” (carta de Dom Orione)


Frei Cruz da Divina Providência
EREMITERIO FREI AVE MARIA
CAIXA POSTAL 87495

27600-970 – VALENÇA RJ

Tel. (*24) 2458 4720


domingo, 12 de outubro de 2008

ANIVERSARIANTES DA SEMANA



Parabéns aos nossos religiosos aniversariantes desta semana:
12 Ir. Paulo Sérgio Bossato (N)
13 Nv. Wendel Augusto Santos Gama (S)
16 Pe. Geraldo Majela Silva (N)
16 Cl. José Arnaldo Porto Reis (N)
17 Pe. Raimundo Pereira dos Santos (N)
18 Pe. Augusto de França Vianna (S)

Viva a alegria de viver! Recebem as bênçãos de Deus pela intercessão da Mãe Aparecida!
"É a vida, é bonita, é bonita" (Gonzaguinha)

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Reflexão para a 27a sexta-feira


(Gl 3,7-14; Sl 110; Lc 11,15-26)

A armadura de Deus

O Senhor Jesus coloca-no de frente com o mistério da fortaleza, que não está na vontade e capacidade de permanecer «fiel a todas as coisas escritas no livro da lei, para praticá-las» (Gl 3,10), mas muito mais na bem-aventurança que provém do fato de fazer cada pequena coisa «comigo» e não «contra mim» (Lc 11,23), como diz o Senhor Jesus. Muitas vezes, cotidianamente, experimentamos nossa fraqueza exatamente enquanto buscamos ser, cada um de seu modo, «fortes e bem armados» (Lc 11, 21), afim de lutar contra o mal. Cada dia fazemos a experiência de alguém que «chega [...] mais forte que ele e o vence, arranca-lhe a armadura, na qual confiava, e reparte o que roubou» (Lc 11,22). Infelizmente, também nós corremos o risco de pensar como Saul e seus soldados, diante do gigante Golias, e apressamo-nos em revestir o pequeno Davi de nosso coração com a sua «armadura» (1Sam 17,38), tornando-o, deste modo, incapaz de «caminhar com tudo isto» (17,39), um estratagema que, ao invés de defender-nos, torna-nos pesados, fazendo-nos mais vulneráveis: o segredo da luta está, de fato, na agilidade!

A «armadura de Deus» (Ef 6,11), com a qual podemos enfrentar os nossos inumeráveis «Beelzebul» (Lc 11,19), não é outra que o continuar unidos ao Senhor Jesus, permanecendo recolhidos interiormente, para deixar que «o dedo de Deus» (11,20), que nos buscou desde o primeiro dia da criação – segundo a belíssima imagem de Michelangelo – , continue a plasmar, em nós, aquele homem «justo [que] viverá em virtude da fé» (Gl 3,11). Viver de fé, viver na fé, crescer na confiança, significa acolher o mistério daquela comunhão que nos une indissoluvelmente uns aos outros diante de Deus, e que nos torna, deste modo, «filhos de Abraão» (3,7), exatamente porque aceitamos ser «abençoados junto com Abraão, que acreditou» (3,9. O que faz a força é próprio a união, tanto que o Senhor Jesus explica como «o espírito imundo» (Lc 11,24) «toma consigo outros sete espíritos piores que ele. E, entrando, instalam-se aí. No fim, esse homem fica em condição pior do que antes» (11,26).

Se verdadeiramente é preciso empenhar-nos com todas as nossas forças paraa manter a casa de nosso coração «varrida, limpa e adornada» (11,25), é necessário que, além de ser «limpo», nosso coração seja também habitado por uma comunhão profunda e alargada com o Senhor e com quantos são animados pelo seu Espírito. Somente assim ele não se «dispersa» (11,23). A fé é, antes de tudo, entrar em comunhão, e o comportar-se de um certo modo é somente uma consequência da primeira. Mudar esta «divina hierarquia» nos coloca nas mãos a Beelzebul, que busca de todas as formas provocar o efeito contrário: «Quem pratica estas coisas, viverá por elas!» (Gl 3,12). O risco terrível é aquele de iludir-se de fazer alguma coisa por Deus e, ao invés, fazê-lo exata e somente por si mesmo. A nossa força está na armadura de Deus que é a comunhão: um simples «manto» como aquele que Jônatas – filho de Saul – «deu a Davi» (1Sam 18,4) porque o «amava como a si mesmo» (18,3). De fato, é na comunhão, no estar «comigo» (Lc 11,13) que «em Cristo Jesus a benção de Abraão» passa «às gentes, para que recebêssemos a promessa do Espírito mediante a fé» (Gl 3,11). O Espírito é aquele que unifica e pacifica.

Fratel Michel Davide OSB

 

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Reflexão para a 26a quinta-feira


Reflexão para a 26a quinta-feira do Tempo Comum, anos pares

Simplesmente!

Continua o ensinamento do Senhor Jesus sobre a oração! Depois de ter-nos ensinado o modo de dirigir-nos a Deus, chamando-o de Pai, e apresentando-nos diante dele em toda nossa pobreza, o Senhor Jesus nos revela a finalidade da oração: «Se vós, pois, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celeste dará o Espírito Santo aos que o pedirem!» (Lc 11,13). E mesmo assim, cada dia continuamos a pedir o que, talvez, não tenhamos verdadeiramente necessidade, ao ponto de merecer, por isso, a reprovação do apóstolo: «Sois assim tão insensatos? A ponto de, depois de terdes começado pelo espírito, quererdes terminar na carne?» (Gl 3,4). É verdade que, na nossa existência, temos necessidade de tantas pequenas e grandes coisas, mas nem as pequenas, nem as grandes coisas de nossa vida – seja que tenham sido concedidas, seja que tenham sido negadas – conseguem dar-nos aquele senso de plenitude, que somente a presença do Espírito, em nosso coração, pode dar-nos.

A presença do Espírito em nós, qual dom supremo do Pai e fonte de todo e qualquer outro dom, permite-nos transformar o nosso coração de «maus» (Lc 11,13) em um coração bom, semelhante aquele do Pai celeste: «Se o filho lhe pede um peixe, lhe dará uma cobra? Ou ainda, se pedir um ovo, lhe dará um escorpião?» (Lc 11,11). O grande milagre da oração não é obter isto ou aquilo, mas sim transformar o nosso coração, conformando-o com aquele do Filho, habitado por imensa confiança. Cada vez que entramos na oração, deveríamos poder contemplar «diante de nossos olhos, aos quais foi representado, como que ao vivo, Jesus Cristo crucificado» (Gl 3,1) que, do alto de sua cruz, cada dia sopra sobre nós o Espírito da vida nova. Se é verdadeiro que «aquele que vos dá generosamente o Espírito e realiza milagres entre vós» (Gl 3,5) cumula-nos de tudo aquilo de que temos necessidade para viver, da mesma forma, o próprio Espírito revela-nos aquilo de que, verdadeiramente, carecemos. No outono prematuro de sua existência, Maria Callas, segundo a interpretação cinematográfica de Franco Zeffirelli, falando com seu empresário sobre a oração, diz, nestes termos: «Frequentemente pedimos a Deus isto ou aquilo, e não sabemos se nos concederá, mas talvez, seria muito melhor pedir para ser simplesmente uma mulher, pedir para ser simplesmente um homem, e isto Ele não pode deixar de conceder-nos»[1].

Todos nós devemos aprender – uns mais, outros menos – a pedir o essencial, que é sermos homens e mulheres cumulados daquele Espírito, capaz de fazer-nos sempre levantarmo-nos do «leito» (Lc 11,7) das nossa comodidades e fechamentos, para dar-nos aos outros, do mesmo modo como Deus mesmo, cada dia e em todo momento, torna-nos participantes de seu sopro vital, o qual nos permite que sejamos simplesmente vivos, para tornar-nos simplesmente homens capazes de «dar coisas boas», de sermos bons como o Pai celeste (cf. Mt 5,45). Todo o resto, pelo qual podemos ser enganados, poderia levar-nos muito longe do segredo da vida, longe do coração do próprio Deus, induzindo-nos inutilmente a pedir o que, simplesmente, não temos necessidade para estarmos vivos e sermos capazes de doar-nos.

Fratel Michel Davide OSB

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

27a quarta-feira do Tempo Comum



(Gl 2,1-2.7-14; Sl 116; Lc 11,1-4)



Pobres!
Na sua apologia, o apóstolo Paulo não hesita em revelar em público o seu caminho de pregador do evangelho, com todo o trabalho de colocar a sua vocação pessoal – única – em sintonia com o sentir da Igreja toda. Paulo, depois de seus primeiros «quatorze anos» (Gl 2,1) de apostolado, sente a necessidade de ir ter com «Tiago, Céfas e João, tidos como colunas», para receber deles a confirmação de «comunhão» (Gl 2,9). Sem a comunhão, de fato, o risco é aquele de «correr ou de ter corrido em vão» (Gl 2,2). Mesmo a comunhão não é algo fácil, nem muito menos uma realidade que se possa dizer já atingida, de modo estável e definitivo. No prosseguimento do relato, de fato, Paulo não tem vergonha de, referindo-se a uma das «colunas», dizer: «opus-me a ele abertamente, pois ele merecia censura» (Gl 2,11). A comunhão não é nunca – se autêntica – o «concordismo» de uma terrível e entediante monodia, mas muito mais a capacidade e a vontade de tocar a própria nota na sinfonia que alegra a vida no céu e na terra.
Talvez, é esta estraordinária experiência de comunhão profunda e autêntica, que «um dos discípulos» entreviu no rosto do Senhor Jesus, enquanto «encontrava-se em um lugar, a rezar» (Lc 11,1). Esta idéia agrada-nos muito! E é, talvez, a atração desta experiência sublime de unidade e de amor que deveria impulsionar-nos, a cada dia, suplicar ao Senhor: «ensina-nos a rezar». O Senhor Jesus ensina-nos a rezar e, sugerindo-nos algumas palavras para a oração, infunde dentro de nós aquela que é a essência da revelação no Verbo\Filho: «O que nos recomendaram foi somente que nos lembrássemos dos pobres» (Gl 2,10). No meio de todas as dificuldades «dogmáticas» que o anúncio cristão conhecia nos primeiros tempos da Igreja – como sempre – , os apóstolos insistem sobre o fato de recordar-se dos pobres. Entre todos os ensinamentos possíveis que o Senhor Jesus poderia dar-nos sobre a oração, a sua escolha cai sobre a necessidade de recordar-nos de ser filhos e pobres: «Pai [...] dai-nos hoje o o pão nosso de cada dia» (Lc 11,3).
A oração é reconhecer a nossa pobreza sem estarmos curvados sobre nossas pobrezas, mas abrindo as nossas mãos e o nosso coração – vazio – diante da plenitude. O Senhor nos convida à coragem de «correr» (Gl 2,2) na direção do Pai, sem temor, mas capazes de reconhecer a imensa «graça» (Gl 2,9) conferida a cada um de nós. E a experiência de toda graça encontra sua origem e cumprimento na alegria de ser habitado por aquele Espírito que, em nós, grita: «Abbá, Pai!» (Gl 4,6). Rezar, de fato, é viver na coragem da verdade, que liberta ( cf. Gl 8,32), porque nos faz conscientes de nossa pobreza, sem fazer-nos envergonhar do nosso nada, mas tornando-o um lugar de diálogo e de comunhão, com nossos irmãos e com o Pai celeste, que nos liberta de todo medo, evitando que, deste modo, caiamos na «tentação» (Lc 11,4) de deixar-nos «arrastar pela hipocrisia deles» (Gl 2,13). A oração é uma escola e é uma escola de e da verdade.
Fratel Michel Davide OSB

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Os aniversariantes


Parabéns aos nossos confrades aniversariantes desta semana:
06 - Pe. Edvaldo Gonzaga (S)
07 - Nv. Romolo Barbosa Lopes (N)
08 - Cl. Wellisson Durval Pantoja Borges (N)
09 - Pe. Geraldo Dionísio Basilio (N)
11 - Nv. Renato Pedro Krupa (S)
12 - Ir. Paulo Sérgio Bossato (N)
13 - Nv. Wendell Augusto Santos Gama (N)

Reunião dos formadores

Está confirmada a reunião dos formadores de nossa Província Brasil Sul para os dias 14 e 15 deste mês missionário de Outubro, em Barro Preto, PR. Esperamo-lo.

Reunião do conselho provincial

Será amanhã, dia 07 de outubro, a reunião do conselho provincial Brasil Sul: em São Paulo.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Janela

"O olhar
olha a
janela que
olha".

"Deus quer,
o homem Sonha,
a Arte nasce".

Clérigo Giliard




quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Imagens de Maputo

Pe. Renato com os adolecentes do Oratório festivo na Paróquia Dom Bosco em Maputo Moçambique.

"A bondade desarma"
"A acolhida transforma"