quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O Espírito de Dom Orione



6. A FLOR DA CARIDADE
a) Um Jardineiro competente, quando deve reformar um jardim mal cuidado ou abandonado, começa por afastar as pedras que obstruem o terreno; tira, arranca as ervas daninhas, os torrões, os estrepes; corta as ramagens inúteis para que possam penetrar os raios solares, e faz regos para que a água possa escorrer pelo meio das plantas, trazendo fertilidade.

Nós devemos ser jardineiros competentes do místico jardim que Jesus entrega a nossos cuidados, e que é a nossa alma. Já afastamos as pedras mais pesadas, livrando nossa alma dos pecados por meio da confissão, também já abrimos canais para a água salutar da oração correr livremente, e o sol, o doce Sol Eucarístico, já aquece nossa alma com seus raios na Santa Comunhão. Agora é tempo de começar um outro trabalho magnífico, que é o de plantar nesse jardim bem preparado as plantas mais belas, as flores perfumadas, capazes de fazer subir até o trono do Altíssimo os perfumes mais deliciosos.

Que flor terá o lugar mais privilegiado? Só pode ser a caridade, que engloba todas as virtudes, e que merece ser simbolizada na rosa, a rainha das flores. Na véspera de sua Paixão, naquela noite repleta de angústia e de agonia, que fazia sentir antecipadamente tantas torturas, o coração amoroso de Jesus deu aos seus diletos Apóstolos o dom maior de seu amor; fê-lo com insistência amorosa capaz de enternecer os corações mais empedernidos. Ele disse: "Deixo-vos, ó meus queridos, mas não vos esqueçais jamais do maior dos meus mandamentos, vivei na caridade uns pelos outros". E repetia: "Amai-vos, como irmãos, amai-vos de tal modo a ponto de formardes uma só alma, unidos tão estreitamente a ponto de representar a minha unidade com meu Pai Celeste e com o Espírito Santo".

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