d) A Caridade prefere a simplicidade da pomba
A caridade prefere a simplicidade da pomba à malícia da serpente, e de nada da serpente quer saber. A caridade está aberta para toda espécie de coisas boas, de onde quer que venha; ela sabe e gosta de aprender com todos, confia sempre no Senhor e no pouco ou muito de bondade, que sempre consegue encontrar até no coração mais contrário que houver. Seu zelo não queima, não rompe, é discreto “et secundum scientiam (e segundo a ciência)”, porque conhece a limitação e a fraqueza humana e as sabe compreender; conhece que é muita pretensão esperar encontrar pessoas sem defeitos. A caridade não faz nada de indecoroso: jamais cria agitação; não leva em conta as contrariedades que lhe fazem; vence o mal com o bem. Não se alegra com a injustiça, mas fica feliz sempre que pode testemunhar a vitória da verdade. Desculpa tudo, espera o melhor e suporta tudo o que vier. Reza, sofre, cala e adora: não se desespera jamais! A caridade não faz nada arbitrariamente, não faz nada com dureza; acha a sua felicidade em distribuir e irradiar em torno de si a bondade, a mansidão e a gentileza. Uma só coisa deseja: imolar-se a si mesma para fazer a felicidade e levar salvação a todos para a glória de Deus.
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