sexta-feira, 19 de novembro de 2010

CIRCULAR DO DIRETOR GERAL

Acompanhemos o penúltimo trecho da última Circular do Diretor geral Dom Flávio Peloso: "Imbuídos pela caridade - para fazer provar o amor providente de Deus" (leia na íntegra em www.donorione.org)


No dia 5 de setembro, achamos modo de estar presentes na celebração dos 70 anos do seminário de Buccinigo d’Erba (Como). Quantos bons religiosos e sacerdotes se formaram naquela casa e de lá se espalharam pelo mundo, na Itália ou partindo para as missões longínquas. Junto com o agradecimento, nosso pensamento foi logo para as vocações e para os jovens hoje em nossas casas de formação. A todos eles repito o que Dom Sterpi, no dia 27 de agosto de 1940, por ocasião da inauguração daquele seminário, disse aos seminaristas de então: “Dom Orione já partiu para o Paraíso e eu não demoro a ir também, mas, antes de minha partida, espero ver muitos clérigos, mas clérigos com uma 'rodela'." Lindo! Clérigos com uma “rodela”, ele queria dizer, com a auréola da santidade! E eu, para dizer a verdade, acho que algumas dessas rodelas luminosas, andei vendo entre os clérigos que encontrei na Costa do Marfim e entre os reunidos nos retiros de Velletri.

Sinto o dever de chamar a atenção de todos para um novo documento da Santa Sé: Normae de gravioribus delictis, publicado no dia 15 de julho próximo passado. Atualiza e complementa as normas já contidas na Carta Apostólica «Sacramentorum sanctitatis tutela» e nas Normae de gravioribus delictis da Congregação para a Doutrina da Fé de 2001.

O Papa Bento XVI, indo muito além do texto do documento jurídico, continua com seriedade e firmeza a promover a santidade da Igreja e a defender a pureza de fé diante dos “delitos” (''delicta graviora”) doutrinais e morais que possam ofendê-la. Entre eles estão os fatos de delitos contra crianças e menores, mas também os comportamentos e mentalidades, difusos até no interior da Igreja e entre o clero, ao qual o Papa pede que reaja sem nenhuma hesitação.

Há, com relação a esse tema, comentários e caricaturas de interesses e posicionamentos variados e opostos. Precisamos buscar o equilíbrio, quer dizer, a verdade. Sabemos todos, e muito bem, quando uma expressão de afeto, não só para com menores, é indiscreta ou inconveniente, ou pior ainda, o que Deus não permita, pecaminosa e criminosa. Nem são necessárias tantas discussões e teorias para reconhecer quando uma amizade é “particular”, como se dizia antigamente, significando falta de maturidade, nada de amor desinteressado, muita busca de si mesmo e nada absolutamente de caridade sacerdotal.
Nossa especial fidelidade ao Papa, de que fazemos voto, se manifeste, não só no respeito a quanto diz o documento, mas sobretudo, em assumir os seus propósitos: promoção da santidade das pessoas consagradas, para que, a sua dignidade pessoal torne sempre mais transparente e luminoso o testemunho de Cristo e da Igreja.
Amanhã, publicaremos a conclusão desta Carta Circular.

Nenhum comentário: