Irmã Maria Plautilla
O Papa Bento XVI autoriza a promulgação do Decreto de Reconhecimento das Virtudes Heróicas da Irmã Maria Plautilla, religiosa orionita das Pequenas Irmãs Missionárias da Caridade.
Luzia Cavallo (Irmã Maria Plautilla), nasceu na Itália no dia18/11/1913. Aos 12 anos perdeu a mãe e ela, filha mais velha, passou a tomar conta dos cinco irmãozinhos menores. Era sacrificada a vida da família de lavradores pobres e ela tinha também o encargo diário de levar os animais ao pasto.
Teve a felicidade de receber ótima formação cristã, na família e na escola maternal a cargo das Irmãs do Cotolengo. Ainda adolescente, participava da Ação Católica, associação florescente naqueles anos. Ia á Missa e comungava diariamente.
Em 1933 Luzia entrou para a Congregação das PIMC. No seu diário pessoal, ela anotou que seu desejo era “ser missionária para levar Jesus àqueles que ainda não o conhecem”. Foi enviada como aspirante ao Pequeno Cotolengo de Genova, onde obteve o diploma de enfermeira.
Em 1937 fez os votos religiosos nas mãos de Dom Orione e tomou o nome de Irmã Maria Plautilla. Daí para frente o coração da nova religiosa e as internas com deficiências mentais acolhidas no Pequeno Cotolengo de Genova tornaram-se uma só coisa.
A Superiora da Comunidade, Irmã Innocenza Toigo, tinha fama de ser severa e exigente e o trabalho era difícil e pesado. A Irmã Plautilla estava sempre disposta a todos os serviços e em todos os momentos.
Vieram dias terríveis. A segunda Guerra Mundial. Na noite do dia 3 para o dia 4 de Novembro de 1942, Genova sofreu violentos ataques aéreos. O Cotolengo foi atingido. Os pavilhões, tiveram estragos enormes e as atendidas e internas precisavam, ser acudidas, retiradas e carregadas para qualquer outro lugar mais seguro. A Irmã Maria Plautilla estava enfraquecida e adoentada, mas, esquecida de si mesma, não parava um instante: subia as escadarias até o quarto andar do prédio, carregava uma doente e voltava apressadamente em busca de outras... E assim foi até as quatro horas daquela noite trágica.
No outono de 1945, a Ir. Plautilla sofreu o primeiro ataque cardíaco. Um ano depois, de volta à sua missão querida de enfermeira, teve que correr em socorro de uma interna que, escapulindo da vigilância, subira a um corredor externo e estava em risco de se precipitar das alturas.
Depois desse esforço e desse susto, seu físico se abalou totalmente. Ela, foi convidada a deixar a missão de enfermeira. No dia 5 de outubro faleceu segurando em suas mãos o crucifixo que ela tanto contemplou com amor e serviu carinhosamente na pessoa de suas queridas enfermas do Cotolengo.
Agora ela é recordada como a Venerável Irmã Maria Plautilla. Sua vida não teve fatos maravilhosos, nem visões; sua santidade brilhou no dia-a-dia, através da oferta de si mesma a Deus, da doação total aos mais pobres e sofredores e na piedade e devoção ao Coração de Jesus e à Santíssima Virgem. “Não aceitava nenhum presente de parentes, porventura mais ricos, de suas atendidas... caso insistissem, sugeria que ofertassem algo para ornar a enfermaria” (Summarium, p. 85) - (Condensado do artigo de Pe. Aurélio Fusi - Postulador Geral – publicado na Revista Dom Orione, Setembro de 2010)
Pe. Renato Scano, ITEDO – Cotia, SP
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