segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Da Revista Dom Orione 2010

“LABIRINTO” + “QUEIJO” =
ECONOMIA E FRATERNIDADE

Quando falamos em economia, muitas pessoas acreditam que vivemos num “labirinto”, em que a procura do consumo desenfreado de bens materiais e do bem estar individual é uma regra de sobrevivência.
Artigo do Dc. José Luiz Sauer Teixeira - 4º ano de teologia

Quem já leu o livro “Quem mexeu no meu queijo?” É uma história sobre mudanças, na qual o queijo é aquilo que você quiser, seja no trabalho ou na vida. E o labirinto é onde você irá procurá-lo. São destacados nessa
história dois ratinhos simpáticos e dois duendes, que representam partes de todos nós, não importa a nossa
idade, sexo, etnia, nacionalidade ou religião porquanto todos compartilham algo em comum: a necessidade de encontrar o nosso caminho no “labirinto” e atingir a felicidade e o sucesso nesses tempos de mudanças. Assim, podemos prosseguir com a seguinte metáfora: Quando falamos em economia, muitas pessoas acreditam que vivemos num "labirinto", em que a procura do consumo desenfreado de bens materiais e do bem estar individual é uma regra de sobrevivência.

Podemos ainda chamar de “labirinto” quando a economia não é vista como uma ciência que estuda produção, distribuição e consumo de bens materiais necessários ao bem estar da coletividade.Entretanto, em tempos de crise econômica e de grandes catástrofes provocado pelo homem e naturais, parece que cada vez mais nos sensibilizamos que devemos “positivar” o termo economia, isto é, de apresentar a economia como caminho no “labirinto” que nos conduz ao primeiro capital, no qual podemos chamar de “queijo”, que pode ser compreendido no sentido de preservar e valorizar o ser humano como pessoa na sua integridade.

Dessa maneira, chegamos ao ápice dessa reflexão, que de tão óbvia já se olvidou, pois sabemos que o próximo passo é articular a economia com a fraternidade, que, a princípio, se apresentam como conceitos dicotômicos, todavia estão relacionados e pretendem ser conjugados na ética da vida e no cotidiano, cujo fator dignidade da pessoa humana é o critério fundamental. Assim, tomo a liberdade de mudar o título do clássico livro: de “quem mexeu no meu queijo?” para “Eu já sei quem é o meu queijo!”, porque estamos em tempos de mudanças.

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