terça-feira, 9 de março de 2010

Sobre o retiro de fevereiro






“A maior tentação de um orionita é duvidar da Divina Providência”

Com essas palavras o bispo emérito de Divinópolis, Dom José Belvino do Nascimento abriu o segundo turno de retiros do ano de 2010 dos religiosos da Pequena Obra da Divina Providência - Província Brasil Norte. “A maior tentação de um orionita é duvidar da Divina Providência”, disse Dom Belvino aos padres, clérigos e irmãos no retiro acontecido de 02 a 09 de fevereiro em Valença, no Rio de Janeiro.
Na visão do bispo, que encantou aos retirantes, com suas estórias contadas aos longos de suas duas alocuções diárias, o orionita verdadeiro nunca deve duvidar da ação da Divina Providência que tudo governa. Apesar de sua voz um pouco rouca e cansada, mas firme e convicta, Dom Belvino disse que os religiosos orionitas devem ser doutores da Divina Providência. O tema geral do retiro foi: "Amor ao próximo".
Dom Belvino exortou os presentes a não deixaram se apegar aos bens passageiros deste mundo e não se deixar abater pelas coisas passageiras. Para ele, ninguém saber mais amar a Deus do que uma mãe. “Na Terra o amor que mais se parece ao amor de Deus é de uma mãe. O amor é a lei divina do céu” – complementou. Citando o conhecido capítulo 13, da primeira carta de São Paulo aos Coríntios, Dom Belvino disse que é preciso amar a Deus com toda a mente, livrando-se dos pensamentos vãos e maus, pensar amiúde em Deus e procurá-lo conhecê-lo sempre mais e melhor, para poder amá-lo de todo o coração.
“Que Deus fique conosco e o resto morra. Devemos preferi-lo a tudo e a todos. Deus é totalidade”, exclamou fortemente Dom Belvino. Ao comparar a Divina Providência com o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes, feito por Jesus, Dom Belvino, disse que é preciso reconhecer a Providência pelo pensamento. “O governo de cuidar de todo mundo é mais raro do que fartar com pão cinco mil homens. Não que este não seja maior, mas menos comum”, explicou o bispo.
Participaram do retiro: Pe. João Inácio Assis Gomes (diretor provincial), Pe. João Batista de Freitas (vigário provincial), Pe. Erli Lopes Cardoso (secretário provincial), Pe.José Noleto de Souza (Rio Bananal), Pe. Luiz Carlos da Cruz (Juiz de Fora), Pe. José Maria da Cunha (Niterói), Pe. Geraldo Dias (Rio de Janeiro), Pe. Luiz Carreiro Varão (Vila Velha), Pe. José Sebastião Barros da Silveira (Buritis), Pe. Jorge Luiz Gonçalves de Lima (Araguaina) e Pe. Ilídio Pinto Neto (Niterói); Cl. Gilson Gaigher Junior (Tocantinópolis), Cl. Gleison de Paula Souza (Filadélfia), Cl. Elivaldo Cordeiro de Oliveira (Ananindeua), Gilson Barbosa dos Reis (Palmas); Ir. João Clemente Mateus (Araguaina) e Ir. Paulo Sérgio Bossato (Morada Nova). Da Província Sul participaram o Pe. Valdeci Marcolino e o Ir. José Lucas dos Santos, do Pequeno Cotolengo de Curitiba.
Ao exaltar o valor da oração, Dom Belvino disse que ela é a primeira, a mais útil e mais fácil caridade que podemos dar ao próximo. Só assim, segundo ele, seremos mais compassivos e companheiros com nossos irmãos. Para ele, nossa caridade não deve ser exercida somente para os que nos são simpáticos. Ao olhar, para o crucifixo, devemos pedir a Deus “A quem eu posso ser útil hoje, Senhor?”.
Ao lembrar que existem pessoas sedentas de caridade em nossos caminhos, o bispo, citou a figura de Dom Luciano Mendes de Almeida, que, para ele, representa a personificação da caridade.
Muito brincalhão, Dom Belvino disse que pregar este retiro para os orionitas era uma cruz. Ele disse que este seria o último, e que quando morresse, todos os padres ali presentes estavam encarregados de rezarem uma missa por sua alma.
Ao falar diretamente aos sacerdotes Dom Belvino lembrou da afirmação do Concílio Vaticano II, de que eles formam um sacramento de união com Deus. “O sacerdote deverá ser um mensageiro da verdade, dispenseiro das graças de Deus, conciliador entre Deus e os irmãos. O sacerdote é o homem de fé, testemunho e caridade, tesoureiro das graças divinas. O povo espera que o padre lhe mostre as grandezas de Deus”, completou Dom Belvino.

“Tua autem, Pater, Providentia guabernat.
É a Vossa Providência que tudo governa”.
(Sb 1,3)

Cl. Gilson Gaigher Junior
Tocantinópolis - TO

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