...Quero é simplesmente propor que antes de nos deixarmos levar pela tentação de "falar e falar" e de procurar "respostas fáceis", mergulhemos no silêncio, nas regiões mais profundas do nosso ser para meditarmos sobre a fragilidade e imprevisibilidade que marcam as nossas vidas. Como diz o Evangelho, precisamos ficar atentos e "vigiar". Não porque devamos viver com medo, mas porque, reconciliando com a nossa condição humana, reconhecemos que não há religião, razão, tecnologia ou política que possam impor uma "ordem de harmonia perfeita" sobre a vida e a natureza; não há como prever e controlar todos os aspectos da vida (seja na relação dos seres humanos com a natureza, seja com outros seres humanos e com sociedades). O que podemos e somos chamados é viver vigilantes a vida no espírito de amor e solidariedade, sentindo em nós a dor e o sofrimento do nosso próximo (mesmo que geograficamente longe), fazendo o melhor possível para construirmos relações humanas e sociais que possibilitem uma vida digna e alegre para as pessoas. Mesmo que não encontremos sentido (se é que há) para tanto sofrimento inocente.
JUNG MO SUNG (Teólogo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário