Tortona, 6 de Março de 1940. É a festa de São Marciano, primeiro bispo de Tortona, e Dom Orione deixa o leito pela primeira vez depois da doença grave, e está no meio de seus filhos, que, como sinal de gratidão e de súplica à Mãe de Deus, colocaram diante dele a antiga e milagrosa imagem de Nossa Senhora da Divina Providência, padroeira da Obra. "Nossa Santa Mãe - dizia ele - nos conduziu pelas mãos em muitas ocasiões e nos levou em frente, conseguindo sempre junto à Divina Providência o necessário para nós e para nossos pobres; não poderei jamais dizer o quanto Nossa Senhora fez por nós!..." (p. 97)
Tortona, 8 de Março de 1940. "Então, queridos filhos, adeus!..." O que será que o coração de Dom Orione está pressentindo naquela noite, ao se despedir dos seus, antes de partir para San Remo? Estão sentindo fortemente os seus filhos, para os quais as suas palavras tem um triste mas ao mesmo tempo afetuoso sentido de último adeus... Dez dias depois, na verdade, seu corpo voltará aqui, aos pés de Nossa Senhora da Guarda, para receber a verdadeira despedida... "Dai-nos, ó Maria - rezava Dom Orione - um coração grande e generoso, para chegar onde existem todas as dores, todas as lágrimas... E, depois, enfim, o Santo Paraíso! Bem junto de ti, Maria, com Jesus; sempre contigo, sentados aos seus pés, ó nossa Mãe, no Paraíso, no Paraíso!" (p. 98)
San Remo, 12 de Março de 1940. Faz três dias que Dom Orione se encontra no pensionato Santa Clotilde: trabalha, reza, escreve ao Papa Pio XII, desejando a vitória da verdade na caridade de Cristo. As 22H30min, sofre um ataque do coração: Modesto, o enfermeiro, o socorre e a Ir. Maria Rosaria vem ajudar, mas Dom Orione lhe faz docemente um sinal para não entrar... Alguns minutos depois o mal se agrava e Dom Orione, dizendo: "Jesus, Jesus, Jesus... vou..." passa para o Pai. Naquela mesma noite mandou como lembrança e programa ao P. Terencio do Santuário do Divino Amor em Roma, o slogan tão caro em sua vida: "Ave Maria e avante! Ave Maria e Avante!" (p. 99)
Nossa Senhora, com seu sopro, empurra a barca da Pequena Obra com Dom Orione. Isto quer mostrar este lindo quadro simbólico, como quase todos os quadros anteriores, de Ida Marcora. "Enfrentemos, enfrentemos o mar infinito, e não tenhamos medo - aconselha Dom Orione! Cantemos, cantemos sempre a canção da confiança e do abandono na força de Maria! Quantas vezes me parecia senti-la próxima, e que o barco da Pequena Obra navegava movido somente pelo seu sopro! Ela guia o barquinho de nossas almas e da sociedade. Ela sabe serenar os mares agitados, devolver tranquilidade, mesmo quando tudo parece perdido... Ave Maria e avante! Maria, sempre Maria!" (p. 100) - Fim do livro.
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