"24. A CARIDADE, PLENITUDE DA LEI
São Paulo, o incansável Apóstolo da caridade. Gostaria de ter a língua de um Anjo, de um Serafim, gostaria de ter o coração de São Paulo, aquele coração o qual São João Crisóstomo disse que o coração de Paulo é o coração de Cristo. Tenho a honra de me achar aqui, enquanto já estamos quase na vigília daquela doce solenidade que arrancou de São Paulo a exultante exclamação: "apareceu a bondade e o amor de Deus nosso Salvador!". Venho dizer-vos alguma coisa daquela caridade que é o carisma mais perfeito, por ser o preceito próprio de Senhor e o amor mais sagrado e o mais doce amor de Deus e do próximo: quem o vive é cristão e quem não o vive, quem não o observa, quem o viola não mais participa da vida de Cristo e da sua Igreja. Quando se vive deste espírito se dá sempre lugar aos outros na nossa frente, contentes de servir em tudo o Senhor e os irmãos, servir os homens, todos os homens sem distinção e com diligência, com fervor, com suave alegria, nada buscando, nem nenhuma outra compensação, que não seja a da celeste esperança. Amemo-nos reciprocamente: quem ama o próximo cumpre a lei. Mais ainda, a caridade não só cumpre perfeitamente a lei, mas a cumpre em totalidade, com uma perfeição que vence e supera toda lei (cfr Rm 13, 8 - 10). (p. 63)
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