quinta-feira, 9 de julho de 2009

2° dia de Retiro

Crise de palavras
Nosso mundo está repleto de palavras murmuradas por todos os lados. O mundo produziu uma crise de palavras, hoje nós temos dúvidas com as palavras, estamos cansados das palavras. Temos satisfação em produzir palavras sem a satisfação de vivê-las. Quantos projetos, quantas reuniões, quantos, documentos produzidos um atrás do outro sem tempo de vivenciá-los .
A palavra parece não dar mais vida, parece que não unifica mais.
“São apenas palavras”.
A meta da reflexão teológica é aproximar-nos de Deus. Quantas discussões, quantos debates sobre Deus. Temas a capacidade de criar tantas distinções, que ao final não nos comunica mais a PALAVRA. Nessa crise de palavras não conseguimos mais traduzir a Palavra Divina.
O barulho nos impulsiona para a massificação. O silêncio às vezes nos conduz para o vazio. silêncio e barulho não são as nossas únicas alternativas.


A solitude
Aquieta-te em solitude e encontrarás o Senhor em ti mesmo.
S. Teresa D’Avila.

Solitude é um estado não um lugar. Sem silêncio não há solitude. Muito embora às vezes o silêncio envolva a ausência de linguagem, ele sempre envolve o ato de ouvir. O simples refrear-se de conversar, sem um coração atento à voz de Deus, não é silêncio.
O controle e não a ausência de ruído é a chave do silêncio. É mais fácil ficar em silêncio do que falar com moderação.
O silêncio tem o seu medo ligado ao poder. Se ficarmos em silêncio, quem irá ter o poder de falar? A palavra está intimamente ligada ao poder. Aquele que tem o poder da palavra é quem está no controle.
O silêncio está intimamente ligado a confiança. O silêncio leva-nos a crer que Deus pode cuidar de nós.
A língua é o termômetro da nossa vida espiritual
Sem o silêncio, é duvidoso que outras virtudes possam aparecer em nossas vidas.


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